Epílogo

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Christopher Uckermann

5 anos depois...

Eu escutava os berros na Dulce pela casa enquanto fazia um tradicional churrasco americano para o meu pai e o meu sogro na área externa da cobertura. Era domingo, Blanca e minha mãe saíram para fazer compras e, como de costume, nosso filho estava deixando minha mulher maluquinha.

— Christopheeeeeeeeeeeeer! — Ela gritou e meu pai me olhou divertido.

Deixei-o cuidando do churrasco e fui ao encontro da minha Dulce.

— O que foi, amor? — perguntei, a abraçando, sabia que o nosso pequeno havia aprontado alguma coisa. Eu sempre imaginei que crianças fossem levadas, mas o nosso filho extrapola todas as leis da natureza.

— Olha o que ele fez! — Ela disse, apontando para Harry e em seguida, começou um de seus ataques de riso intermináveis, olhei para o pequeno que usava um dos meus ternos. A roupa estava toda recortada nas pernas e nos braços para que pudesse se ajustar ao corpo dele, havia pedaços de tecido espalhados por toda a sala, mas ele me olhava com seus olhinhos azuis assustados, no mínimo, imaginando qual seria o castigo da vez.

— Não é bom sinal quando ela começa a rir desse jeito — ele disse e olhou para baixo.

Dulce parou de rir, provavelmente, sentindo pena do pequeno travesso.

— Não, não é bom sinal — falei sério e ele voltou a me olhar.

— Desculpe, pai, eu só queria ficar parecido com você.

Sentei no sofá e o coloquei no meu colo.

— Como assim, parecido comigo? — ele ficou me olhando, depois olhou para Dulce e começou a tagarelar.

— Eu gosto da filha da minha professora de música e escutei a mãe dela dizendo que gosta de homens que usam terno, então eu pensei que a Lexy também pudesse gostar.

Olhei para Dulce e contive uma gargalhada ela também estava se segurando para não rir.

— Filho, se você quiser um terno igual ao do papai, nós providenciaremos, mas não faça mais isso, a mamãe fica muito chateada.

Ele sorriu e olhou para Dulce.

— Desculpe, mamãe.

Ela sentou ao meu lado e puxou ele para o seu colo.

— A mamãe desculpa, seu pequeno travesso, amor da minha vida. E que história é essa de estar gostando da filha da professora de música? — Começou a fazer cócegas nele e o encheu de beijos.

Desde muito pequeno, Harry Uckermann demonstrou ser uma criança levada e, acima de tudo, muito, mais muito inteligente ele tinha herdado a esperteza e engenhosidade da mãe. Era incrível como se livrava das maiores encrencas apenas nos levando na conversa.

— Ela é linda, mãe e sabe de todas as coisas do mundo.

Gargalhamos com o jeito apaixonado que ele falou.

— Como assim, sabe de todas as coisas do mundo? — questionei curioso.

— Ela sabe sobre tudo, pai, sempre tem uma resposta engraçada, acho que vou me casar com ela um dia.

Foi impossível não ficar comovido, meu pequeno travesso estava mesmo apaixonado e eu conseguia ver semelhança entre a sua amada Lexy e minha linda Dulce, se eu tivesse que a descrever quando criança, seria mais ou menos assim.

— Filho, quer um conselho de homem para homem?

Ele balançou a cabeça e começou a tirar os pedaços do terno do seu corpo, ficando apenas de camiseta, bermuda e chinelos.

O CEO dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora