Capítulo 34

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Christopher Uckermann

Eu não sei quanto tempo eu fiquei no apartamento de Dulce esperando que ela voltasse, até me dar por vencido e decidir ir embora. Em todos esses anos de existência eu nunca me senti assim, tão triste e impotente. Se fosse qualquer outra mulher, com certeza eu reverteria a situação, mas com Dulce não, com ela, não daria certo.

E isso me desesperava cada vez mais. Fui até a sala de segurança que havia na minha cobertura e fiquei acompanhando o sistema de câmeras do prédio. E dei graças a Deus por tê-la construído na época em que projetei o edifício. Eu precisava falar com Dulce ela tinha que me escutar então passei a tarde toda ligando para o celular dela e deixando mensagens, mas fui completamente ignorado e já esperava por isso.

Ela chegou quase nove da noite, através das câmeras eu vi o quanto estava triste, desolada. Eu queria tanto poder abraçá-la e confortá-la. Mas de que jeito? Eu era o principal causador de todo o seu sofrimento. Esperei até que ela entrasse em seu apartamento e desci com coração acelerado no peito. Eu faria qualquer coisa que ela quisesse, mas não aceitaria ficar longe.

Parei em frente à porta e digitei a senha, para a minha surpresa, o aparelho mostrou uma luz vermelha. Isso indicava que ela já havia alterado a senha que nós dois tínhamos. Droga!

— Dulce eu sei que está em casa, precisamos conversar.

Fiquei batendo na porta e implorando, mas ela não abriu. E nem me mandou embora, minutos depois, as portas do elevador se abriram e dois seguranças saíram, um era negro e de cabeça raspada e o outro, loiro e de feições austríacas, davam dois de mim. Estranhei, pois não eram segurança do prédio.

— Quem são vocês? — falei, ríspido, sem a mínima intenção de ser simpático.

— Somos os novos seguranças da Srta. Saviñon, se nos der licença.

Os dois passaram por mim e se posicionaram em frente à porta. Ficamos nos encarando como verdadeiros inimigos. Eu sabia que eles não tinham culpa estavam fazendo o seu trabalho. Mas nunca em toda a minha vida, imaginei que uma mulher pudesse ter tal atitude. Ela contratou seguranças particulares para garantir que eu ficasse longe dela. E a dor não poderia ser maior.


Dulce Maria

Assim que saí do restaurante do Zen, liguei para uma empresa de segurança que prestava serviço para o nosso banco e solicitei que enviasse dois de seus melhores homens para o meu endereço. Foi a forma que eu encontrei de manter Christopher Uckermann longe de mim. E graças a Deus que fiz isso, pois foi só eu chegar em casa e lá estava ele batendo na minha porta.

 Passei o domingo trancada em casa enquanto meus novos seguranças se revezavam em mandar Christopher embora ele bateu na minha porta de hora em hora durante o domingo todo. E eu fiquei dividida entre escutar tudo o que ele tinha para falar, para que enfim ele se desse conta de que não teria mais volta ou deixá-lo se remoendo e correndo atrás feito um cachorro sem dono. E a segunda opção me pareceu muito melhor.

Na segunda-feira eu acordei cedo e liguei para o meu pai.

— Oi, filha, você ligando a esse horário, precisa de alguma coisa?

— Oi, pai, bom dia, preciso, sim. Posso usar uma grande quantia em dinheiro para comprar uma coisa pessoal para mim?

— Claro que pode, mas não consigo pensar em nada que ainda não tenha.

— Quero comprar um carro.

— Um carro? — ele questionou.

— Sim, pai, mas não qualquer carro eu quero um carrão.

O CEO dos meus sonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora