Chegamos em Mônaco de madrugada e fomos direto para o hotel. Maite e Anahí se deram bem logo de cara e fiquei feliz por isso.
Quanto a Christopher, ainda não tinha dado as caras. Diante disso, só aceitaria uma desculpa da parte dele: se alguém da família tivesse falecido. E teria que ser um parente de primeiro grau, pensei, antes de me jogar na cama e cair no sono.
Acordei horas depois com Maite e Anahí quase derrubando a porta da minha suíte.
— Meu Deus, Dulce, não acredito que ainda está assim — Anahí me repreendeu assim que abri a porta. As duas já estavam com camisetas vermelhas da Ferrari e bermudas brancas de alfaiataria. Pareciam um par de vasos.
— A corrida é só amanhã, meninas — disse e voltei para a cama.
— Sim, mas hoje tem o treino classificatório, precisamos desfilar pelos boxes, conhecer os pilotos.
Eu sabia que Anahí seria a mais animada, louca para arrumar um bom partido e, mesmo que não fosse certo, teria que incentivá-la. Só assim ela tiraria Christopher da cabeça.
— Você venceu, vou para o banho.
As duas sorriram e foram para a sacada do meu quarto. Eu não tinha pensado na roupa que iria usar, mas, apesar de estar calor, eu queria chamar a atenção. Então, durante o banho, pensei em um look arrasador, e não apenas para mim.
Assim que terminei, coloquei meu robe e fui para o closet. Arrastei minha mala para fora e, com alguma dificuldade, a coloquei em cima da cama.
— Regra número um. Se quiserem arrumar um bonitão milionário, esse final de semana — disse e minhas amigas me olharam esperançosas —, tirem essas camisetas da Ferrari.
As duas ficaram sem entender o motivo.
— Os magnatas que circulam por aí, já têm suas equipes do coração, a maioria até patrocina algumas delas. Vão queimar o próprio filme se eles não estiverem com a Ferrari.
Elas tiraram as camisetas em tempo recorde e jogaram em uma poltrona, como se o tecido pegasse fogo.
— E o que sugere? — Anahí perguntou.
— Nada de sair como se estivessem de uniforme, eles têm que olhar para nós e ficar em dúvida sobre qual escolher.
Todas rimos.
— Meu Deus, Dulce, por isso é minha melhor amiga. Você me mata de orgulho, que mulher inteligente!
Sorri para Anahí e comecei a procurar uma roupa para mim, enquanto pensava no que elas poderiam usar.
No final das contas, todas usamos bermuda e blusinha em estilos, cores e texturas diferentes.
— Nossa, bem melhor. — Maite se olhou no espelho e sorriu.
Depois que ela liberou o espelho, arrisquei uma olhadinha.
Havia colocado uma bermuda soltinha, com cinto preto fino, um body escuro e uma camisa de musseline de seda estampada, sobrepondo. Daria um ar elegante, sexy e despojado ao mesmo tempo. Deixei o cabelo solto e no rosto, apenas protetor e óculos.
— Dulce, trouxe a bolsa que eu te pedi?
Apontei para a minha mala e Anahí pegou uma de minhas bolsas da Chanel.
— Nossa, que maravilhosa. — Maite elogiou, olhando para minha amiga que se exibia em frente ao espelho.
— Se quiser, tem mais ali na mala, pode pegar.
Minha assistente ficou receosa. Até nisso ela era um exemplo de noção e bom senso.
— Pega logo, Mai, homens ricos a gente reconhece pelos sapatos, e as mulheres, pela bolsa — expliquei.
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O CEO dos meus sonhos
RomanceMudar para Nova York não era apenas uma promessa de vida independente, eu sentia uma grande necessidade de descobrir outros mundos e sabores; sair da redoma de vidro onde passei os últimos anos e sentir o verdadeiro gosto da liberdade. Eu estava cer...