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→ Athina Sommers
—Acho que devemos dormir logo né? — disse ele saindo do abraço enxugando uma lágrima.
— Ah, sim. Claro. Desculpe por isso.
Ele murmurou um "tudo bem" e entramos na casinha.
— Pode dormir no colchão, vou dormir no chão — ele estendeu o lençol que estávamos deitados na varanda.
— Não Mason, está frio. Pare de ser orgulhoso. Da para dividimos a cama.
Mas foi em vão.
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Acordei com um trovão. Me sentei assustada.
Eu estava com cobertores, travesseiros e Mason no chão. Não seria justo.
— Mason, eu tô com medo. Se importa de deitar aqui?... Comigo? — inventei a primeira desculpa que veio na minha mente.
— Você faz de tudo para dormir comigo né? — ele riu se deitando do meu lado.
Nos cobrimos com a coberta e viramos do lado contrário um do outro.
Eu não conseguia dormir, e tenho a impressão que ele também não.
Talvez eu me arrependa, talvez não. Mas estamos perto da morte mesmo.
Me virei para ele, e ele fez a mesma coisa na mesma hora.
O que me fez corar, disso eu tenho certeza.
— Não consegue dormir bruxa? Sabia que se você nascesse na idade média você seria considerada uma bruxa né? — Ri de sua fala.
Nossa risada logo cessou e nos olhamos, a única luz nos iluminando era a luz da lua.
— Falou o deus grego.
— Disso eu tenho certeza que sou.
Por um breve momento minha alma subiu quando ele pegou na minha cintura por baixo da camisa — que percebi estar úmida ainda do rio — e atacou meus lábios num beijo caloroso e com uma espécie de angústia, medo, querer. Uma mistura de emoções.
