Era uma tarde normal como as outras na clareira. E então o alarme tocou, avisando que a caixa estava subindo novamente, uma coisa que não deixou ninguém surpreso, pois já estava nos dias dela subir, eles só não contavam que dentro da caixa seria uma...
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Estrondos altos eram ouvidos naquele lugar de pouca iluminação, a menina dentro daquilo que achava ser uma caixa, ao olhar ao redor notou algumas caixas e foi ali que ela iria se esconder esperando que alguém a tirasse de lá.
De repente uma luz vermelha se acendeu, logo em seguida acendeu-se uma verde, e todo aquele barulho parou, a caixa também parou de subir, como se tivesse chegado ao seu destino.
Eu estava com as mãos sobre a cabeça, pois a pancada havia sido forte e estava sentindo muita dor. Enquanto eu tentava raciocinar tudo o que estava acontecendo, as portas duplas sobre a tal caixa se abriram, e um menino alto e magro pulou dentro da caixa.
Ele me olhava como se eu fosse um monstro, enquanto isso as vozes masculinas do lado de fora não poderiam passar despercebidas!
?: É uma...Garota!
Seu tom de voz era de surpresa, como se fosse impossível ter alguma garota ali. Talvez realmente fosse...
?: Ei qual seu nome? - o menino dentro da caixa falou.
?: Ela é muda? - alguém perguntou fora da caixa.
Eu não conseguia lembrar meu nome, minha idade, nome dos meus pais, nada. Como um gesto simples, apenas levantei com cuidado para não cair, já que ainda estava meio tonta e falei:
— Eu não lembro. Podemos sair daqui de dentro? Eu estou meio tonta e com ânsia de vômito!
Falei com voz de "coitadinha" quando na verdade, a ânsia de vômito sequer existia, e a tontura era apenas um detalhe bobo que não me atrapalharia na hora de fugir (de tentar fugir) O menino apenas acenou com a cabeça e me ajudou a subir na corda, quando outra pessoa do lado de fora a puxava. Quando finalmente pisei em terra firme, senti meu corpo descansar.
E então, comecei a correr desesperadamente, ouvi risadas atrás de mim, apenas ignorei e continuei. Avistei muros, muros enormes, e no meio de um deles, tinha uma fenda gigante, até o momento meu plano era entrar lá, quando senti alguém me segurar...
Eu tentava me soltar a todo custo, com tentativas falhas, até porque a pessoa que me segurava era muito mais forte que eu. Fui jogada no chão, e descobri quem estava me segurando, o garoto alto e magro. Olhei em volta mais uma vez e me dei conta, estávamos presos atrás daqueles muros.
?: Eai fedelha, tá assustada? Pois saiba que independente disso, você não tem pra onde ir.
Antes que eu pudesse absorver a informação, e pensar em alguma resposta, ele falou:
?: Levem-na para o amansador. Agora!! Dois meninos me seguraram pelos braços e me levaram para uma espécie de gaiola...
