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As fãs de Bakugou estavam cada vez mais insistentes. Todos os dias elas o paravam ou iam até a sala de aula, para que ele escolhesse uma delas para ir ao baile. A situação já estava ficando incomoda. Yuri havia se distanciado um pouco do rapaz.
Ficando mais abatida nos cantos, tentando controlar a sensação amarga do ciúmes.
Bakugou podia sentir o afastamento de Yuri, e isso o preocupava. Ele percebia a expressão abatida em seu rosto toda vez que ele era abordado pelas fãs, e aquilo o irritava.
Ele tentava dispensar as garotas gentilmente, mas elas eram persistentes, e isso o irritava ainda mais. Elas continuavam tentando chama-lo, até no meio das aulas, tentando qualquer coisa para atrair a sua atenção.
Às vezes ele via Yuri observando de longe enquanto ele era cercado pelas garotas, e o olhar em seu rosto o enlouquecia. Ele podia ver a tristeza e o ciúmes em seus olhos, e isso o machucava.
Ele tentava se esquivar o máximo possível da atenção das garotas, mas elas não davam descanso.
Na hora do intervalo cinco dias depois, Bakugou finalmente encontrou descanso. Os demais estavam aliviados também, enquanto aproveitavam o intervalo em silêncio, sentados numa área afastada no campus.
Yuri estava distante, perto de Momo, mas olhando para qualquer ponto fixo na grama, ignorando todos.
Bakugou podia ver a expressão abatida de Yuri, enquanto ela olhava para a grama, claramente tentando afastar todos os pensamentos intrusivos em sua mente.
Ele se afastou dos outros, e foi se sentar ao lado dela, observando-a em silencio por um momento.
Era irritante ver a tristeza em seus olhos, e isso o enlouquecia. Ele mal conseguia se concentrar durante as aulas e nos treinos, sabendo que ela estava ali, sentada longe dele, e com aquela expressão no rosto.
Ele ficou calado por um momento, antes de finalmente falar.
— Yuri...— ele murmurou, com a voz rouca. — Olha pra mim.
Os olhos verdes se ergueram lentamente em direção a ele, focando sobre os seus, ainda em silêncio
Ele sustentou o olhar dela por um momento, tentando encontrar as palavras.
Vê-la com aquele olhar triste era quase insuportável. Ele podia ver a dor em sua expressão, e sabia que era ele o culpado por aquela tristeza. Seu maxilar se contraiu enquanto ele continuava a olhar para ela.
— Vem aqui — ele murmurou, estendendo a mão em direção a ela.
Ela pensou por um momento e então segurou a mão dele, mantendo-se em silêncio
