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A atmosfera da academia fervilhava de uma energia elétrica, típica dos treinos de Bakugou. O ar denso de suor e adrenalina se misturava com o cheiro de terra e pólvora do campo de batalha improvisado. Bakugou, com sua usual explosão de fogo, lançava um ataque feroz contra Yuri, uma garota de cabelos loiros platinados e olhos esverdeados penetrantes, que esquivava com graça e precisão.
Yuri, com uma velocidade surpreendente, esquivou-se de uma explosão que quase a atingiu, dando um salto mortal e pousando nas costas de Bakugou, o segurando em um estrangulamento. A multidão de alunos parou, impressionada com a habilidade de Yuri, que normalmente era vista como uma aluna calada e discreta. O sorriso de Bakugou se contorceu, não pela dor, mas pela irritação. Ele nunca havia sido dominado antes.
— Sua pirralha sortuda — ele rosnou, tentando se soltar.
Yuri apenas riu, aumentando a pressão do estrangulamento. — ainda não acabou, Kachan — provocou, seus olhos verdes brilhando com malícia.
Bakugou, com um rugido de fúria, soltou uma poderosa explosão, que a arremessou para trás. Yuri caiu em uma nuvem de poeira, mas, antes que a poeira baixasse, ela deu um salto e, usando sua agilidade, desferiu um chute certeiro no rosto de Bakugou, que o fez cambalear.
A turma, com as bocas abertas, assistia atônita à cena. Nunca antes haviam visto Bakugou ser derrotado. Yuri, com a respiração ofegante, se aproximou, seu olhar penetrante fixo no dele. Pela primeira vez, ela não parecia mais a aluna discreta e silenciosa.
— Eu te venci — ela disse, com um tom de desafio.
Bakugou, sentindo o sangue escorrer do nariz, sentiu uma onda de fúria e vergonha. Ele nunca havia sido tão humilhado. Ele se levantou, com o rosto distorcido pela raiva, e se aproximou de Yuri com passos rápidos.
Antes que alguém pudesse sequer piscar, Bakugou agarrou o rosto de Yuri e a puxou para perto, seus lábios encontrando os dela em um beijo avassalador, cheio de intensidade e possesão. O gesto, brusco e inesperado, silenciou a multidão.
Por um instante, o mundo parou. Yuri, surpresa e atônita, sentiu o corpo de Bakugou colado ao dela, a força e a ferocidade de seus braços a prendendo. O beijo, inicialmente agressivo, se suavizou, e, por um momento, ela sentiu algo diferente na boca dele, algo que não era raiva, mas uma necessidade quase desesperada.
Quando ele finalmente se afastou, o rosto de Yuri estava corado, mas seus olhos, agora cheios de uma nova audácia, encararam os dele. A turma, ainda em choque, viu Bakugou, com um sorriso vingativo e possessivo, dizer em voz alta:
— Ela é minha. E se alguém ousar tocar nela, vai se arrepender profundamente.
A declaração de Bakugou, apesar da brutalidade, transmitia uma verdade: ele não apenas havia marcado Yuri como sua, mas havia mostrado a todos quem era o responsável. A atmosfera carregada de expectativa e tensão se dissipou, deixando apenas o sussurro silencioso de admiração, medo e um novo respeito pela garota que agora era conhecida como "a Dama do Bakugou".
