XVI

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P.O.V Barbie.

    Meus dias tem sido sombrios, estou cada vez mais afundada na escuridão da sede e cada vez mais distante de James. Depois da nossa última briga, ele ficou irado por alguns dias mas depois que sua raiva passou ele tentou se aproximar de mim.

     Porém quem está longe sou eu, não posso correr o risco de perder o controle e ataca-lo, por mais que eu tenha anos de prática a fome pode me trair e quando isso acontece eu não vejo quem ou lugar apenas ataco até a última gota de sangue ser sugada do seu corpo.

     Deitada na cama eu suspiro me sentindo fraca e opaca, a última vez que me olhei nos espelho meus olhos estavam fundos e meus lábios sem cor, agora devo está muito pior.

    Minha garganta queima me causando dor mas engulo em seco o grunhido pois James entra pela porta.

     Ele fecha a porta atrás de si e olha em volta.

   - Não sai mais daqui... - Rir nasalmente sem entender.

    - Você me proibiu de sair de casa, está lembrando? - Pergunto revirando os olhos tentando focar no livro em minha frente.

    - De casa, não do quarto. - Se aproxima.

    - Tanto faz... Pra mim é a mesma coisa. - Dou de ombros. - Eu não saio do quarto e você não para em casa. - Alfineto irritada.

    Outra coisa que vem tirando minha paz além da sede é ele que não fica mais aqui... Parte de mim agradece pois não preciso controla cada passo meu para mão ataca-lo e outra parte está corrida pelo ciúmes pensando o que ele está fazendo lá fora e pior, com quem está fazendo.

     - Eu tenho muitas coisas a fazer, sou o supremo... E quanto a você, nada de bom te espera lá fora. - Se aproxima para me beijar sem se importar com meu mau humor.

     Seu discursinho me irrita profundamente, ele não quer me proteger dos males que o mundo tem, ele só quer me manter longe dos homens que o mundo tem.

     - Tem algo sim me esperando lá fora. - Digo pensando no sangue. - Querer me colocar numa redoma só vai satisfazer a você e não a mim. - Bufo.

    - O que acha que te espera? - Cerra o maxilar, puxando meu braço para cima, me erguendo da cama.

     - Quer me largar? - Puxo meu braço. - Eu tô cansada, quero apenas me deitar. - Digo voltando para a cama.

     - Isso é apenas um pretexto para se afastar de mim... Até porque sua espécie não sofre de indisposição... - Semi cerra os olhos. - Por que está me evitando?!

    Sera que ele não percebe? Será que não passa pela sua cabeça o motivo? Claro, ele está tão irraiçado na própria cultura e espécie que não sabe nada sobre o mundo dos vampiros.

     - Me deixe James! Eu quero ficar sozinha... - Sinto sua aproximação e prendo a respiração quando sinto sua mão em minha perna. - Não me toque! - Tiro sua mão com certa violência.

     Não posso correr o risco de perde o controle, eu quase perdi da última vez.

    Desta vez ele se irrita de uma vez por todas e puxa minha perna com violência, arrastando meu corpo até a beirada da cama, me fazendo sentar e pega meu pescoço, me olhando nos olhos.

     - QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO? - Berra.

     - EU JÁ DISSE QUE QUERO DESCANSAR... - Grito também. - JA DISSE PRA ME DEIXAR EM PAZ.

     Sem pensar mais, acerta um tapa em meu rosto, que me faz cair de volta na cama.

     - Se tudo isso é inquietude para ir para fora dessa casa e ver o seu amante, pode apodrecer nesta cama!

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