Chapter Six.

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O silêncio predominara o ambiente por alguns minutos, os mesmo onde Billie permitiu admirar a beleza angelical de Isabel. O silêncio fora interrompido pela voz rouca da garota de olhos verdes.

- Você acha que a mamãe vai demorar? - Isabel perguntou, bocejando novamente. Billie já havia perdido as contas de quantas vezes vira Isabel bocejar somente nos últimos dez minutos.

- Ela já deve estar chegando. Por que não descansa um pouquinho? Teve um dia exaustivo e ainda tem algumas boas horas para ele acabar. - Billie disse serenamente.

- Porque a mamãe me põe para dormir e se deita comigo. -  explicou. - Ela me conta histórias igual o papai fazia.

- Ela já deve estar vindo. - Billie disse, levando sua mão até os cabelos de Isabel e acariciando.

- Você pode me pôr para dormir igual a mamãe faz? - Pediu com a voz fraca, seus olhos quase se fechando já tamanho era seu sono.

- Claro. - Billie disse. - Eu só, bem, não sei como ela faz isso. - Confessou um pouco embaraçada.

- Deita aqui comigo. - Isabel instruiu e Billie a olhou receosa, mas os olhinhos vermelhos pelo sono a fizeram acatar seu pedido.

Billie subiu gentilmente na cama e se deitou ao lado de Isabel, vendo a garota se mover e se deitar sobre seu peito.

- Hoje eu vi um montão de gente, Bill. - Isabel disse, tendo os seus olhos já fechados.

- Por isso está tão cansada, imagino. - Isabel moveu a cabeça em um aceno positivo.

- Pode me contar uma história? - Ela pediu baixinho e Billie levou uma mão ao cabelo dela, acariciando lentamente e sorriu diante do pedido.

- Era uma vez, uma linda princesa...

[...]

Quando Eliza retornou ao quarto seu sorriso se abriu de uma forma terna, pois se deparou com Isabel dormindo sob Billie. Ela deduziu que Isabel lhe pedira que contasse uma história. Oh, como ela amava histórias!

O mais bonito de tudo era que Billie também dormia pacificamente, tendo um braço sobre as costas de Isabel, como se a protegesse dos males do mundo.

A mulher sentiu-se apenada por ter que acordar Billie, deduziu que a menina havia dormido pouco, único e inteiramente por ter passado a noite no hospital com ela e Isabel.

- Querida.. - A mulher chamou, balançando o seu corpo delicadamente. Billie deu um salto, acordando assustada. Olhos arregalados e coração disparado.

- Oh, céus. Eu sinto muito. - Billie se aprontou em dizer. - Ela queria que eu..

- Contasse uma história. - Eliza completou sorrindo. - Eu sei, não se preocupe. Obrigada por isso. - Disse tranquilizando Billie. - Só te acordei porque suponho que queira comer algo e que precise voltar para as suas aulas práticas. - Os olhos de Billie se arregalaram e ela verificou seu relógio de pulso, se desvencilhando cuidadosamente de Isabel e descendo da cama.

- Obrigada por ter me acordado. Preciso realmente ir. - Billie disse, bocejando. Ainda se sentia muito cansada, mas o que poderia fazer?

- Obrigada você por ter cuidado dela para mim. Ela odeia ficar sozinha.

- Imagino. Ela disse que hoje viu várias pessoas. - Billie comentou, vendo Eliza assentir.

- Sim. O psiquiatra, a psicóloga, a imprensa, vários médicos diferentes. Por isso eu adiei de ver o fisioterapeuta, que no caso agora é você. - Eliza disse com um sorriso fraternal.

- Imagino que todos estejam querendo vê-la.

- Ela não liga, mas quando a imprensa perguntou se ela se sentia preparada para voltar para a vida, incluindo a vida amorosa, bem, ela começou a chorar.

- Perguntaram isso? - Billie se sobressaltou. - Como se atreveram? Eles não sabem que ela..

- Oh, querida, eles sabem, mas esses ratos fazem de tudo por audiência. Eu proibí a entrada deles aqui após isso. - Billie assentiu, já mais calma.

- Eu saio em quatro horas. - Billie informou um pouco constrangida pelo que se atreveria a dizer. - Quero que a senhora vá para a casa hoje, coma bem, tome um relaxante banho e descanse. Ficarei com ela.

- De maneira alguma. - Eliza disse séria. - Sei o quanto está cansada, querida.

- Mas pelo menos eu dormi algo. Amanhã começamos a fisioterapia, ela precisará de todo o seu apoio, se dormir estará cem por cento. - Billie disse.

- Mas você é a fisioterapeuta, também precisará estar cem por cento. - Eliza rebateu.

- E estarei. Dormirei pela madrugada aqui enquanto ela também dorme. - Billie explicou. - E caso eu não esteja cem por cento, de qualquer forma, eu não estarei sozinha, terei o acompanhamento do senhor Roman. - Eliza suspirou e olhou para a filha.

- Tem certeza? - Indagou. - Digo, você já fez demais por ela e..

- Tenho. - Se antecedeu em dizer, vendo Eliza lhe fitar.

- Qualquer coisa, por menor que seja, você me liga. - Ela disse, vendo um sorriso se abrir no rosto de Billie.

- Vou precisar do número do seu telefone. - Três batidas na porta, que já estava aberta, fizeram as duas olharem na direção do som.

- Senhora Green? - A voz de Roman perguntou apenas por perguntar, afinal sabia quem era a mulher.

- Pois não?

- Eu gostaria de falar com a senhora sobre a fisioterapia. - Eliza franziu o cenho.

- Já conversei com o hynes e com Billie. Tudo já está acertado.

- Senhora, eu sei que você adora Billie. - Ele começou, se aproximando, falando como se a garota não estivesse ali. - Mas comigo teremos um avanço mais rápido e eficiente. - Eliza assentiu e sorriu.

- Oh, fico feliz em saber que auxiliará Billie então. - Ela disse, vendo o homem entortar a boca em desaprovação.

- Eu quis dizer que sugiro que eu seja o fisioterapeuta principal. - Ele foi direto, fazendo Billie suspirar e colocar suas mãos no jaleco.

- Bem, acredito que eu não pago uma parcela astronômica por mês para este hospital para o senhor me sugerir algo, quando claramente o chefe do hospital já me certificou de que Billie é capaz.

- Ela é, porém..

- Ela ser capaz já é o suficiente para mim. Obrigada. - Ela disse séria. - Nos vemos amanhã e, como disse, que bom que estará lá para auxiliar Billie.

- Eliza, nos vemos mais tarde. - Billie disse um tanto constrangida por Roman, vendo a mulher assentir. Os olhos azuis se direcionaram para Isabel e ela sorriu ao ver a expressão serena em seu rosto. Caminhou até a garota e se inclinou, deixando um beijo em sua testa, fazendo Eliza sorrir.

Definitivamente Billie cuidaria bem de sua filha na fisioterapia, mas algo em seu interior dizia aquele cuidado ultrapassava a barreira do profissionalismo e Eliza, absolutamente, gostava daquilo.

-

Em um piscar de olhos. - Billie Eilish x S/N.Onde histórias criam vida. Descubra agora