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O ronco do morto soou pelas ruas até chegar ao local que se inicia o racha. Todos gritaram ao ver o carro de luxo chegando ao local com um som extremamente alto, o carro era negro que chegava a brilhar com a iluminação do local, as lanternas do carro foram ligados deixando o carro negro parecendo muito mais luxuoso.

—o Tom não está acompanhado de nenhuma garota— uma voz feminina falou ao meu lado, uma garota que parecia nova, com os cabelos loiros e uma calça preta com uma blusa branca.

Voltei minha atenção para os carros, Tom estava sentado em seu capo de carro fumando um cigarro, seu irmão se aproximou e falou algo para ele. O carro de Tom era o mais luxuoso que era o carro preto, tinha mais três carros parado ao lado, um azul bem forte que era do Georg, um Vermelho forte também, que era do Bill e o outro carro cinza que era de Gustav, ele tinha ido antes para o local não sei por qual motivo.

—nenhum deles estão acompanhado de nenhuma vagabunda— a mesma voz falou.

—isso quer dizer que eles vão levar uma para casa hoje— a voz da amiga dela de certo falou.

—Tom podia me levar né, ele é um gostoso— a mesma deu risada. Eu senti um leve desconforto nessa frase e revirei os olhos.

Tom ainda estava fumando seu belo cigarro enquanto conversa com seu irmão, na hora o garoto jogou seu cigarro no chão e saiu andando até a multidão, observei a cada passo seu, e o jeito como ele andava, e até o jeito de andar dos irmãos era igual. Ele começou a entrar na multidão até chagar em grupo de homens mais velho que estava ao meu lado.

—onde tá o Nick Fachs?— Bill falou olhando para o grupo, todos começaram a sair um pouco de perto deles.

—é comigo mesmo, quem me procura?— um cara que parecia ter uns 35 anos se levantou de sua cadeira e jogou seu cigarro que quase caiu em meu pé.

—vem comigo— falou Tom com uma feição de sério.

—eu não vou a lugar nenhum, oque você quer?— Tom bufou.

—você sabe muito bem o por que de eu estar aqui, então venha se não quiser que eu meta uma bala na sua cabeça na frente de todos— Tom sacou uma arma mas não apontou para o cara.

—eu não sei por que você está aqui, então me diga— eu fiquei assustada ao ver uma arma quase de perto.

—lembra da porra do dinheiro que te emprestei, você não me pagou e o prazo que eu te dei acabou— o cara pareceu assustado.

—falta pouco para eu juntar o resto do dinheiro, se tiver um pouco mais de paciência eu te pagarei amanhã— Tom bufou mais uma vez e aponto a arma em sua cabeça, que fez eu tomar um susto e derrubar o copo em minha mão no chão. Todos que estava perto me olharam, principalmente o Tom e seu irmão, Tom me olhou de cima abaixo e volto sua atenção no cara.

—você me disse isso várias vezes, e sempre sumia para outro país, então eu não vou esperar de novo— Tom puxou o gatilho de sua arma e um som muito alto de tiro foi disparado.

Quando eu vi o homem estava caído no chão com um tiro em sua testa e uma poça se formando em baixo de sua cabeça.

—a dívida passa para o resto do grupo de vocês, então todos de você tem no máximo até sexta-feira para me pagar— Tom falou para o grupo todo, eu estava olhando para poça de sangue que estava chegando em meu pé.

Senti uma mão forte segurar meu braço, quando olhei era Tom me olhando sério, o garoto me puxou em meio a multidão.

—você é louco ou oque? Me  solta— puxei meu braço de suas mãos que apenas não disse nada.

Umas mãos em meu ombro me tocou, vi que era Bill que fez feição para mim não falar nada.

Tom estava me levando para onde acontecia o racha, ver tudo tão de perto era lindo. O trançado abriu a porta de seu carro.

—entra!— me olhou sério.

—não, eu não vou entrar nesse carro!— falei e cruzei os braços, o mesmo bufou e me jogou para dentro que me fez bater a cabeça, vi a porta ser trancada e o desespero tomou conta de mim.

—oque você pensa que está fazendo?— Tom se sentou no motorista sem dizer nada.

—eu quero ir embora!— vi uma garota com roupas super pequenas se aproximando no meio do carro do Tom e do Gustav.

—que porra está acontecendo??!! Eu quero ir embora!— falei em tom alto.

—cala a porra da boca vadia!— falou me olhando com ódio.

—não me chama de vadia seu merda!— o mesmo se irritou e me deu um tapa na cara, eu nunca na minha vida tinha tomado uma tapa na minha cara. Minha bochechas estava ardendo, eu ainda estava processando oque tinha acontecido, quando o carro disparou em uma velocidade máxima, fazendo curvas fechadas e o carro roncando, eu me segurei na maçaneta do carro.

Senti a mão de Tom em minha coxa, bati na mão dele na mesma hora —não me toca!— o garoto me olhou confuso e com raiva mas então volto sua atenção na estrada.

Eu confesso que toda aquela adrenalina estava muito boa, estava me sentindo mais viva, um sentimento de medo e de felicidade junto era uma das melhores coisas. O Tom acelerou mais ainda para chegar na linha de chegada, o mesmo parou bruscamente e as portas foram destrancadas; na mesma hora eu saí disparada do carro em direção ao meu carro que estava perto da multidão vendo eu correndo. Olhei para trás eu vi Tom correndo mas parando na mesma hora e me olhando fixamente.

Entrei em meu carro e meti o pé de lá o mais rápido que conseguia. Eu não tava acreditando que eu entrei no carro de Tom e tomei um tapa na cara, DO TOM. O garoto que eu sempre fui obcecada.

Ouvi meu celular tocar e vi que era Kelly.

—oiii— disse eu com voz ofegante.

—está tudo bem?— perguntou a outra do outro lada da linha meio desconfiada.

—está sim, oque quer?— eu estava pensando ainda noque tinha acontecido.

—eu to aqui ainda e só vou voltar amanhã a noite tá bom?— franzi a testa.

—e a faculdade vai faltar?— ouvi um suspiro.

—vou, eu nunca falto oque mal faz faltar uma vez né.—

—tá bom então, a onde você está?— ela demorou um pouco para falar.

—depois eu te explico tudo certinho ta, agora tenho que ir beijos— não entendi.

—tá bom, beijos se cuida— a linha foi desligada e joguei meu celular no banco do passageiro e sai do carro indo para minha casa.

Eu sinceramente não tava processando oque tinha acontecido ainda.

My Biggest Nightmare - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora