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Boa Leitura!

“A razão vos é dada para discernir o bem do mal.”

~ Dante Alighieri

🤎 JUNGKOOK 🤎

     Mesmo ciente de que minha procura possa estar sendo em vão, a Itália foi o país que me deu fortes indícios do paradeiro do mais novo. A questão é que Jimin já tem idade para viajar sozinho, e pode estar em diversos lugares do mundo caso tenha um passaporte europeu.

     Tenho traçado diversas teorias acerca do caso, algumas delas têm se fortalecido a cada novo documento que chega em minhas mãos. Minha equipe tem trabalhado incessantemente em Seul, tentando recuperar imagens e monitorar os possíveis caminhos desde o sequestro.

     Jimin foi de fato sequestrado em Seul, não vendido e entregue por seus pais à outra pessoa, como algumas autoridades tentaram impor para calar a boca de um pai desesperado. Essas suposições errôneas serviram apenas para piorar o abalo da família, a ponto de mandar senhora Park direto ao um hospital psiquiátrico.

     A questão é saber quem o recebeu, e se tem consciência da forma que a criança foi trazida até eles. Tudo me leva a acreditar que estamos lidando com uma espécie de máfia ligada ao tráfico de mulheres e crianças, passei a acreditar nisso após a repatriação de algumas das vítimas, em sua maioria levadas para Europa.

     Jimin era uma criança saudável, inteligente e cheia de talentos, o currículo perfeito para um painel de vendas. São colocados como produtos catalogados, por isso a importância de não expor os pequenos a redes sociais ou coisa do tipo.

     Obviamente não havia isso em sua infância, mas encontrei exposição de toda a família já que o grupo Park ainda detém uma grande influência, assim como a matriarca era uma atriz famosa antes do casamento. O casal e os filhos viviam em colunas sociais, o que deixava ambos em uma certa posição de conforto a ponto de confiarem nas pessoas erradas.

     Durante os dois primeiros dias de investigação em campo, visitei todos os lugares de possível aglomeração de turistas e não encontrei ninguém semelhante ao retrato enviado pela equipe de TI. Também procurei pelo garoto loiro, cujo gravei apenas o olhar e a cor dos cabelos, tamanha era a raiva que ele me fez passar.

     Decidi colocá-lo em meu quadro de investigações, embora não tenha o associado às imagens que recebi ao longo dos estudos. De qualquer modo, não voltei a encontrá-lo, o que apenas reforça a ideia de que fosse um simples turista.

     Antes de seguir para mais um dia de investigações, liguei para senhor Park através de um número descartável e de identificação privada. Conversamos por alguns minutos, sem que eu revelasse minha localização, apenas disse sobre os avanços e recebi a informação de que ele deixaria mais dinheiro na conta em que tenho acesso.

     Fiz uma rápida refeição antes de visitar cada um dos meus alvos, todas as pessoas de origem asiática que atualmente residem em Florença. Entrevistei cada um deles, mas obviamente não são todos que têm vínculo com o consulado.

     O lado positivo é que alguns conterrâneos me alertaram sobre outros que residem ao redor da cidade, onde muitos trabalham nas vinícolas ou outros tipos de serviço devido a situação ilegal. Precisei alugar um carro para chegar a tais endereços, mas antes de ir até eles, passei em um restaurante para fazer uma boa refeição.

     Sei que cada passo meu deve ser friamente calculado, já que um dos oficiais da delegacia local alertou sobre a influência da máfia na região. Desde o início não deixei transparecer minha missão ali, para todos os que entrevistei, informei que estava fazendo um trabalho de pesquisa sobre a migração dos conterrâneos, por isso nem sequer desconfiaram.

BELLO 🤎 JIKOOK Onde histórias criam vida. Descubra agora