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EROS RUTHER

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EROS RUTHER


Corro para o meu quarto, me sentindo envergonhado. O gosto do arrependimento vinha ácido em minha boca como se fosse fogo.

Eu usei o trauma de infância dela como se fosse algum tipo de piada. E não é apenas trauma dela, é meu também. Eu carreguei as dores dela junto com ela, mesmo não tendo passado por metade de suas lutas e vitórias.

Eu a vi cair e se reerguer diversas vezes e dessa vez eu brinquei com uma de suas batalhas, e pior.

Na frente de pessoas extremamente importantes.

Eu fecho a porta do meu alojamento com força, fazendo eco pelo cômodo.
Ouço a porta abrir e olho para a mesma.

Emmet

— Porra, o que foi que você fez? — Emmet pergunta me olhando irritado.

— Graham e alguns soldados precisavam de ajuda para recuperar um objeto roubado. Eles pediram para mim arrumar alguma distração, mas acabei fazendo merda com a Alaska. — Eu passo a mão em meu rosto.

— Meus Deus, o que foi que você fez com ela? — Emmett perguntou e se senta no sofá enquanto olha para o chão.

— Eu falei da cicatriz dela… — Emmet abre a boca, chocado. Ele arremessa uma almofada em mim e eu desvio, mas a almofada acaba acertando o quadro atrás de mim.

— Eu apoio totalmente o tapa que ela deu na sua cara! — Emmet diz rindo.

— Ei! — Eu grito.

— Você mereceu! — Ele joga outra almofada em mim. — Deveria pedir desculpas pra ela.

Meu ego sobe até minha garganta e já estava pronto para protestar, mas eu engulo em seco e olho para ele.

— Ela não aceitou minhas desculpas. — Eu balbucio.

— Peça de novo. — Ele retruca.

— Mas e se ela não — Ele me interrompe.

— E se o caralho, vai pedir sim. Mesmo que ela não aceite, pelo menos tomou vergonha na cara e pediu.

— Ela não vai aceitar… — Resmungo me jogando no sofá e colocando meu rosto entre as mãos.

— Eu se eu fosse ela não aceitaria também. — Ele cruza os braços enquanto debocha de mim. Olho para ele, o fuzilando com meus olhos. — Não me olhe assim, é a verdade.

Me levanto do sofá e jogo uma almofada nele. Entro no banheiro e paro em frente à porta, me virando para ele

— Eu vou tomar banho, e quando eu sair, acho bom você já ter ido embora. — Eu bato a porta com força e a tranco.

Enquanto coloco a água do chuveiro para esquentar, ouço a porta da frente abrir e fechar.

Suspiro aliviado e me coloco debaixo da água quente do chuveiro. Sinto meu corpo ficar tenso por alguns minutos e logo consigo relaxar.

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