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NARRADORA

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NARRADORA

O sentimento de se sentir fraco e vulnerável...
É incontrolável.

A dor é incontrolável.

Sentir dor não te faz fraco ou inútil, e sim humano. Às vezes é bom se sentir fraco, às vezes é bom não precisar ser forte e precisar de ajuda.

Chorar não te faz fraco. Chorar te torna humano.

Mas isso é uma coisa, que aparentemente, não entra na cabeça de Alaska Abranov.

ALASKA

- Alaska, o que houve? Por que está chorando? - Graham perguntou tocando meu ombro, tentando me transmitir conforto. Eu o afasto, não querendo seu conforto.

- Graham, por favor... Sai... - Me levanto do chão mas não consegui me equilibrar e me sento novamente.

Meu peito doía com a falta de ar. E eu não conseguia mais segurar as lágrimas, era involuntário.

A sensação de se sentir fraco é involuntário.

Eu não conseguia mais controlar meu próprio corpo, não sabia como que iria tentar consertar a merda que fiz. Como iria fazer para eles esquecessem esse meu lado vulnerável. Eu odeio chorar na frente dos outros, eu me sinto inútil. Fraca.

"Será que eu cruzei a linha?"

Essa é a frase que se repetia de forma insistente na minha cabeça, me torturando de forma incontrolável.

Eros agarrou meu pulso e me puxou para cima, me colocando de pé. Ele tocou meu queixo e o puxou de leve para cima, para que eu pudesse olhar em seus olhos.

- Alaska... Você tem que se acalmar. Se você cair agora, todos nós cairemos junto com você. - Eros disse enquanto agarrava meus ombros e os apertava de leve. - Entendeu? Se controle! Você não pode cair, entendeu? Você não pode cair!

Sua voz fazia eco na minha cabeça, enquanto eu tentava manter o controle do meu próprio corpo. Tentando controlar a minha insanidade.

Agarrei seus ombros com toda a força do meu corpo e olhei para o chão, pensando em como sou ridícula, ao ponto de chorar na frente dos meus companheiros de equipe.

Puxei o ar com toda a força, fazendo meus pulmões doerem com o excesso de ar dentro deles.

- Isso... Muito bom. - Eros sussurrou para que apenas eu pudesse ouvir suas palavras. Ele apertou novamente os meus ombros e se afastou lentamente. - Está melhor agora? - Eros perguntou inclinando a cabeça para baixo para que pudesse olhar em meus olhos.

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