No ano de 2124, ocorreu a Queda, a Queda foi o resultado das Guerras pelo planeta Terra. Isso acabou em em matança, acabando com o mundo inteiro.
Ninguém estava seguro.
Para alguns, A Queda foi essencial para a vida humana. Para outros, A Queda foi...
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—ALASKA —
Após a bebedeira do dia anterior, eu acordei com ressaca. Beber até cair, e não foi só a única coisa estúpida que fiz. Eu sei disso.
Ando pelos corredores, sentindo meu corpo quente por conta da vergonha constante que sinto após o que fiz ontem de noite.
Haviam diversas pessoas naquele bar, inclusive colegas de trabalho. Que por sorte, não tenho tanto convívio.
Sinto meu corpo entrar em contato com outro corpo, me empurrando para trás.
— Ei! — Digo tentando me equilibrar. Sinto um cheiro familiar de ontem, olho para frente vejo o moreno alto, portador de olhos verdes escuros, me encarando.
— Você tomou banho? Está fedendo à bebida. — Eros pergunta, colocando o dedo no meio da minha testa e a empurrando para trás, fazendo eu tombar a cabeça para trás.
Dou um tapa em sua mão, afastando-a de mim. Eros suspira irritado, provavelmente perdendo a paciência comigo. Logo cedo.
— Vai tomar banho, garota.
— Primeiro. — Aponto meu indicador na cara dele. — Eu já tomei banho duas vezes, inclusive. Segundo, você não manda em, e terceiro... Para de fingir que se importa com o que eu faço.
Eros ri baixinho.
— Olha... Se você quer que eu vá embora, eu vou. Mas não reclame quando for atacada ou vista como alvo fácil por sua falta de atenção. — Eros sussurra lentamente. Seu forte sotaque alemão dificulta o entendimento do que ele diz.
— Uh? O que disse? Com essa língua enrolada não dá pra entender, Coronel. — Me finjo de desentendida. Eros bufa, ficando mais irritado.
— Continua com essa gracinha, pra você ver que na próxima que você for atacada, eu vou rir da sua cara. — E novamente seu sotaque Alemão dificulta o entendimento, fazendo-me rir baixinho. Eros dá um tapa em minha nuca. Reviro meus olhos, afastando sua mão de meus cabelos.
Meus dedos entram em contato com sua pele. Sua pele é quente, o que faz com que eu sinta uma sensação de conforto. Olho para seus dedos e vejo a marca de sol em seu anelar. Mostrando que estavam usando um anel neste dedo.
Mas não é exatamente isso que me preocupa.
Seus dedos são cheios de cicatrizes de cortes antigos, e queimaduras. Queimaduras que por sinal, foram feitas com cigarros ou charutos. para formar essas queimaduras, é preciso usar força para marcar dessa forma.
Só Deus sabe o que Eros passou em Lutrex.
Eros afasta sua mão da minha e esconde as próprias mãos nos bolsos de sua calça.
— Desculpe... — Peço perdão por tê-lo tocado dessa forma, o deixando desconfortável. Eros suspira e balança a cabeça.
— Não precisa se desculpar. — Um fio de voz fraca escapa de seus lábios, deixando mais nítido que meu toque foi invasivo e o deixou desconfortável.
