CAP 30

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CAP 30
Elisa.
. O dia seguinte não demora nada pra chegar, fomos obrigados a acordar às sete da manhã, para começar as nossas atividades. Olho para a cama do meu lado e vejo que Carina não está nela, me assusto, pego minhas coisas na bolsa para poder tomar banho e desço. Quando chego lá em baixo, encontro Thiago vestindo um short, ele estava de cueca.
- Thiago, não sei se tu se lembra, mas tem duas professoras compartilhando o chalé contigo! - digo.
- Eu me lembro, mas a Carina não esta aqui. - ele responde.
- Mas eu estou.
- Você esta gravida de um filho meu, querida. - ele solta um sorriso zombeteiro.
- Mas não fiz ele com você, lembre-se disso. - respondo e entro para o banheiro.
. Não pude demorar pois o Thiago ficou batendo na porta querendo uma maldita escova de dentes, coloco a minha roupa rapidamente e a minha pequena dá o seu primeiro bom dia pra mim, dou um sorriso ao sentí-la e saio do banheiro.
- Agora você pode pegar sua escova, imbecil! - digo e subo para guardar minha escova de dentes e meu sabonete.
. Agora, eu estava na mesa do café da manhã me fartando de torrada, aquilo era muito bom. Olho para os lados e vejo que Thiago ainda não apareceu e a Emika também não, logo encontro a Carina com cara de quem comeu e não gostou, ela sentou-se de frente pra mim e ficou calada.
- O que aconteceu? - pergunto.
- Eu dormi com ele. - ela bufa e toma seu café.
- Ele quem? - arregala os olhos.
- O Moisés! Estou arrependida. - ela responde e agora eu estou surpresa.
- Como assim, vocês pareciam se odiar...
- Ele me cantou, eu estava em falta de sexo, fui lá e dei! Ele é um idiota.
- O que ele fez que você ficou arrependida? - pergunto.
- Ele hoje pela manhã me tratou como se nada tivesse acontecido, e agora está lá, abrindo suas asinhas para as alunas do terceiro colegial.
- Isso ainda não vai prestar Carina. - digo.
- Ok, eu sei, não precisa me lembrar. - ela coloca sua cabeça entre as mãos, eu sabia que ela estava segurando as lágrimas, agora parecia que ela gostava dele.
- Desculpa por lembrar, amiga.
- Tudo bem, Elisa. - ela solta um sorriso fraco e termina seu café.
. Logo o monitor Marinho dá o seu sinal de vida, chamando todos para ir fazer uma atividade no campo, tomo meu ultimo gole de suco e vou com uma turma. No campo, pude perceber que esse monitor estava me encarando bastante, estava ficando até constrangedor e quando menos esperei, ele deixou os alunos jogando e aproximou-se de mim.
- Qual é seu nome, professora?
- Elisa. - respondo com um sorriso.
- Você namora? - perguntou.
- Não e você?
- Pra você estou solteiro. - ele diz, que atirado.
- Que bom. - digo com um pouco de vergonha.
- O que é o seu bebê?
- Uma menina. - respondo.
- E já tem um nome?
- Não consegui pensar em nada ainda.
- Que tal, Louize? - ele pergunta, eu havia amado aquele nome.
- Nossa, lindo nome. - digo.
- O nome Louize significa que essa criança não será fácil de desistir das coisas, não irá sossegar até ter o que quer, será persistente mas terá paciência para esperar. Você vai perceber a força de vontade dela enquanto ela estiver brincando com coisas que possam desafiá-lá, é isso, ela irá adotar um desafio. Ela irá amar a liberdade e vai querer em pouco tempo se virar sozinha, e eu tenho absoluta certeza que esse bebê irá distribuir sorrisos e conquistar todo mundo com sua simpatia, igual a mãe. - ele diz, eu não consigo não sorrir.
- Como você sabe disso tudo? - pergunto.
- Eu tenho uma sobrinha que se chama Louize, e ela é assim. - ele diz, tocando minha barriga, nisso o Thiago aparece com cara de poucos amigos.
- Estou atrapalhando? - perguntou, seco.
- Sim. - o monitor responde.
- Eu não sabia que monitores podiam tocar em professoras.
- Sou moderno. - ele solta um sorriso forçado e tira a mão da minha barriga.
- Você deveria estar com os alunos e não cantando a professora. - ele diz irritado.
- Isso tudo é medo de perder diretor? - ele arqueia a sobrancelha.
- Eu não tenho medo de perder, idiota.
- Então cuide, ou vai acabar perdendo.
. Ao dizer isso ele sai, e eu finjo que não estou vendo Thiago ali.
- Não vai falar comigo?
- Não. - respondo dando conta da sua presença.
- Nossa filha irá se chamar, Louize?
- Sim.
- Que nome feio! - ele responde.
- Quem está carregando a criança sou eu, então eu escolho o nome que estiver cabível à mim. Quer escolher nome, escolha do filho da Emika. - respondo e saio andando.

O DiretorOnde histórias criam vida. Descubra agora