Fico imóvel ao escutá-lo.
Eu quero você.
Como assim ele me quer? Eu nunca nem o vi!— Damon, por favor, me deixe sair daqui.
— Pra você voltar correndo para os braços dele? — pergunta em um sussurro em meu ouvido — você acha que eu não vejo como ele te olha?
— Ele quem? Para de ser maluco garoto, eu nem te conheço!
Me debato em seus braços, mas sou prensada cada vez mais contra a parede. Seu corpo está colado ao meu, posso sentir cada músculo, o cheiro do seu perfume está grudado em minhas narinas.
— Venha, sente-se aqui comigo. — puxa meu braço e me guia até uma velha poltrona ao lado da mesa.
Ele se senta, e com certa brutalidade me faz sentar em seu colo. Suas mãos percorrem a minha cintura apertando-a levemente.— Não quero vê-la perto dele. — sussurra em meu ouvido.
— Do que você está falando? — pergunto tentando entender.
— Você sabe muito bem do que estou falando ratinha — aperta minha pele com força me trazendo um leve desconforto — não quero ver você perto dele mais.
— Eu nem te conheço e você acha que pode falar com quem eu devo andar? — indaguei com indignação, mas ao sentir uma ardência percorrer em minhas costas, pulo do seu colo imediatamente.
Maldito! Ele me mordeu.
— Aah! — tento achar seu rosto em meio a essa escuridão, mas não consigo vê-lo — você é maluco? Porque me mordeu?!
Não ouço resposta, apenas um grande e ensurdecedor silêncio.
— Mais que droga! — saio andando e tentando achar a porta por onde fui jogada, tateio a parede até encontrar a madeira.
Puxo a maçaneta mas ainda continua trancada.
— Abre essa merda! Eu já estou de saco cheio dessa brincadeira!
Chuto com mais força, mas nada acontece. Não aguento mais esse lugar, eu preciso sair daqui.
— Cazzo!
Me sento à frente da porta e fixo minha visão no único ponto de luz da sala.
— Stai calma principessa… — ouço do outro lado da sala.
Era só o que me faltava, ele sabe italiano.
Ouço passos se aproximarem, recuo o mais rápido que consigo até minhas costas encostarem na parede atrás de mim.
— Não sinta medo, eu nunca a machucaria — agacha na minha frente — a não ser que você peça.
Arrepios percorrem todo o meu corpo, não é possível que eu esteja gostando disso.
Uma das suas mãos agarra minha coxa por dentro do vestido e a outra vem para minha cintura. Sinto sua respiração contra meu pescoço e sou puxada para mais perto.
— Pa…ra com isso. — falo suspirando, meu corpo pede por mais, mas preciso fugir daqui o quanto antes.
Sua boca vem de encontro ao meu pescoço e sinto seus lábios percorrerem pela minha pele a deixando úmida a cada beijo.
— Da… Damon. — sinto meu corpo pesar.
— Não ouse ir contra minhas ordens, ou você será punida pela desobediência. — sussurra em meu ouvido.
Sinto um misto de emoções dentro de mim, e é como se todas elas estivessem lutando para sobreviver, mas infelizmente o tesão e desejo estão derrotando uma por uma, sem receio das futuras consequências ou se importando com a rendição de algumas delas.