Rhaenyra estava desesperada enquanto pressionava o acelerador com mais força, cada fibra de seu ser ansiosa por encontrar Alicent e implorar por seu perdão. Precisava vê-la, precisava, pelo menos, olhar em seus olhos uma última vez.
Nos últimos anos, Rhaenyra nunca havia conseguido ver Alicent. Ela procurou, realmente procurou, mas a mulher parecia ter desaparecido da face da terra, sumido de sua vista. E a culpada, sabia Rhaenyra, era ela mesma. Não queria romper com Alicent e noivar com Laena, mas foi um pedido de sua mãe.
Rhaenyra lembrava-se vividamente do desespero e horror que sentiu ao ver o corpo de sua mãe naquela maca fria, suja de sangue, ao lado de seu irmãozinho. A pior parte foi ler a carta de sua mãe. Parecia que Aemma sabia do seu destino, pois deixou uma carta para sua única filha com Rhaenys. Aemma escreveu palavras emocionantes, instando Rhaenyra a se manter segura, saudável e feliz. Nas últimas frases, revelou seu desejo de ver seu sangue unido aos Velaryon, com Laena.
Naquele momento, Rhaenyra não aceitou. Alicent era tudo o que restava para ela, mas Rhaenys insistiu que era um pedido de Aemma, e Rhaenyra não podia desrespeitar a memória de sua mãe. A amada mãe.
Depois que Alicent partiu, Rhaenyra chorou por horas, mas acreditou estar fazendo a coisa certa. Pelo bem da mamãe. Até que, no baile de noivado, ouviu a conversa entre Rhaenys e Corlys. A velha contava ao marido que havia imitado a letra de Aemma para garantir que sua filha se casasse com a herdeira dos Targaryen. Rhaenys se vangloriava de finalmente ter conseguido o que lhe foi roubado há muitos anos.
Após essa descoberta, tudo aconteceu rapidamente. Laena fugiu grávida dos filhos de Daemon, os Velaryon e Targaryen romperam completamente, e Alicent a rejeitou. Foi tudo um mal-entendido, mas o dano estava feito.
Agora, enquanto dirigia freneticamente pelas ruas, Rhaenyra sentia o peso de suas escolhas e o impacto devastador das mentiras que a rodeavam. Ela precisava encontrar Alicent, precisava desfazer o mal-entendido e, acima de tudo, precisava do perdão de sua amada. Só então, talvez, pudesse encontrar um fragmento de paz em meio ao caos que sua vida se tornara.
Enquanto o carro avançava pela estrada, a mente de Rhaenyra revisitava os momentos que compartilharam, cada sorriso, cada toque, cada promessa sussurrada no escuro. O pensamento de perder tudo isso, de perder Alicent para sempre, era insuportável. Ela acelerava ainda mais, o desespero crescendo com cada quilômetro percorrido.
Rhaenyra sabia que estava lutando contra o tempo e as circunstâncias, mas não podia desistir. O amor que sentia por Alicent era mais forte do que qualquer obstáculo, e estava determinada a fazer o que fosse necessário para reparar o que havia quebrado. O perdão de Alicent não era apenas um desejo; era uma necessidade vital, a chave para sua redenção e a única esperança de um futuro juntos.
Rhaenyra estava parada na frente de sua antiga universidade, um lugar repleto de memórias dos bons momentos que viveu ao lado de Alicent. Tempos que não voltam mais. Alicent costumava andar pelos corredores, observando cada detalhe já conhecido enquanto sorria. E agora, depois de quase vinte anos, elas finalmente iriam se reencontrar. Rhaenyra sabia que não merecia o perdão de Alicent; ela tinha quebrado o coração da mulher que amava. Nem os deuses permitiriam que isso passasse despercebido. Não havia um dia em que ela não se lembrasse do doce aroma de Alicent, sua voz aveludada e sua personalidade gentil.
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Uma Lembrança de Você
FantasyAlicent Hightower filha do diretor da Red Keep University era uma ômega bonita e querida, mesmo tendo milhares de alfas caídos aos seus pés, ela só tinha olhos para sua namorada e amiga de infância. Rhaenyra Targaryen, única filha da infame família...