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Rhaenyra sorriu ao me ver sair do banco do carona do carro de minha mãe, vestida de maneira casual, o que era apropriado para um encontro familiar. Não me surpreendi com sua roupa.

— Aemond! Alicent, vocês chegaram! — exclamou animada, puxando minha mãe para um abraço inesperado, que fez minha mãe se assustar. Rhaenyra olhou para Alicent com um olhar avaliador, parecendo aprovar sua aparência.

— Você está linda, Alicent, como sempre — disse ela com um tom de carinho que achei excessivo.

Minha mãe sorriu, suas bochechas coradas, enquanto Rhaenyra demorava a desviar o olhar de seu corpo. Senti um desconforto crescente e murmurei para mim mesmo, com um sentimento de náusea. Continuei observando com desgosto até que Rhaenyra se voltasse para me cumprimentar.

— Olá, Aemond. Você viu minhas mensagens? — perguntou Rhaenyra, puxando-me para um abraço caloroso que retribuí com dois tapinhas nas costas. Rhaenyra tinha conseguido meu número através de Alicent e enviava mensagens frequentemente, variando de tentativas de sondar minha vida amorosa até simples "Bom dia" ou "Sou muito grata por ser sua mãe". Senti meu coração se alegrar com a última.

Mesmo que Rhaenyra tivesse enviado inúmeras mensagens durante a semana, hoje, em especial, ela havia digitado o dia inteiro, contando como sua família estava ansiosa para me conhecer e como estava contente por poder me apresentar como seu filho. Mais uma vez, emocionei-me silenciosamente com a última mensagem.

Resmunguei em resposta e rapidamente me afastei, virando-me para admirar a decoração da casa.

A casa Targaryen era impressionante, muito maior do que a mansão Highverde e a casa de Rhaenyra. Dado que abrigou gerações da família, esperava uma grande dimensão, mas não tanto. A entrada era inteiramente feita de tijolos vermelhos, conferindo um aspecto quase sobrenatural. O jardim na entrada era vasto, com milhares de arbustos e flores bem cuidadas, e a grama verde estava meticulosamente regada e aparada. A casa estava cercada por um muro alto e sólido, com gárgulas ameaçadoras posicionadas no topo, observando quem se aproximasse.

Era verdadeiramente impressionante.

— Já faz algum tempo desde que vim aqui. Parece que o senhor Targaryen ainda aprecia uma recepção dramática — comentou minha mãe, fazendo Rhaenyra rir afetuosamente.

— Não se preocupe, Alicent, o velho dragão ainda é pacífico e gentil.

Fiquei aliviado, mas a verdade é que estava apavorado com a perspectiva de conhecer meu avô. Suava frio e sentia um frio na barriga a cada vez que olhava para a porta da casa. O que ele pensaria de mim? Seria um neto querido ou apenas um bastardo a ser aceito por conveniência? Eu também não sabia como me comportar perto de idosos.

Não me dava bem com professores amargurados na faculdade ou com os antigos professores da escola, sendo bom em ignorar todos e interagir apenas quando necessário. Dizem que tinha uma babá chamada Luise que morreu quando eu era bebê, e que me dava bem com ela na infância, mas eu era apenas um bebê então. Otto não aparecia muito, mesmo "morando" na casa do avô agora. Eu mal o via. Graças aos deuses, sempre que interagia com o pai de Alicent durante minha infância, ficava claro que ele queria algo.

Quando era criança, eu gostava de fazer os adultos gostarem de mim. Eu era ótimo em interagir com os mais velhos. Apenas cantava "Dona Aranha" constantemente e era educado, e isso era o suficiente para fazer todos os adultos se afeiçoarem a mim.

Mas agora, aos dezenove anos, prestes a completar vinte, era diferente, muito diferente.

— Vamos entrar, meu pai está ansioso para vê-lo — disse Rhaenyra, me arrastando para dentro. A cada passo, meu coração acelerava e a possibilidade de ser humilhado pelos novos parentes parecia maior e mais palpável.

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