⌗ ♡ . . 11: Felicidade Sem Espinhos.

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Seria uma metáfora para a busca ilusória de uma vida sem problemas?

(...)

Narração do capítulo: Kim Sunoo.

Para mim, sempre tive a felicidade ao meu lado.

Meus pais eram pessoas gentis e eu me sentia amado como filho.

Para mim, minha vida era uma felicidade sem espinhos.

No entanto, nunca tive amigos verdadeiros. Algumas crianças me achavam um garoto muito esquisito e talvez até violento. Muitas mães pediam a seus filhos que se afastassem de mim.

Mas um dia, naquela praça, encontrei você chorando, reprimindo-se do mundo. Eu não sabia como chorar quando algo me magoava, então senti tanta inveja de você que conseguia fazer isso tão facilmente.

Foi por isso que me aproximei de você e, felizmente, sabia me comunicar em japonês.

Seus olhos brilhavam por conta das lágrimas, sua boca e nariz avermelhados de tanto chorar, e seu semblante triste... Eu tive tanta inveja.

Assim, você não se preocupou em estar ao meu lado, e eu me sentia tão grato por isso! Você nunca soltou minha mão, mesmo que eu talvez fosse um garoto muito 'problemático'.

Por esse motivo, eu queria protegê-lo de todo o mal daquele mundo. Não queria que nada acontecesse para que você fosse embora da minha vida.

Mas, quem foi embora da sua vida fui eu.

E no seu aniversário, fui embora com o maior egoísmo deste mundo.

Meu pai se tornou cada vez mais ganancioso por dinheiro e esqueceu que tinha um filho.

Além da falta e da tristeza que sentia por você, me senti sozinho em um país desconhecido. Assim, quando menos percebi, as lágrimas tomavam conta dos meus olhos todos os dias. E por tanta inveja que senti de você, pude estar no seu lugar.

Então, uma felicidade sem espinhos seria uma metáfora para a busca ilusória de uma vida sem problemas?

(...)

Sunoo acordou aos poucos, com a luz do sol refletindo em seus olhos, sentindo sua mão encostada em algo quente.

Pensou que talvez fosse seu travesseiro, mas não parecia. Abriu os olhos por completo e viu Riki ali, deitado ao seu lado.

Por um momento, assustou-se um pouco, não lembrava de ter ido dormir com Riki ou de terem feito algo anormal.

Mas assim que olhou para onde sua mão tocava, lá estava a mão de Riki entrelaçada com a sua, as mesmas que possuíam as tão famosas pulseiras.

Sunoo suspirou e olhou novamente para o rosto de Riki, que dormia como uma criança. Deixou escapar um sorrisinho bobo e, com sua outra mão, acariciou os fios loiros e acastanhados do japonês.

Logo depois, soltou a mão do mais novo com bastante cuidado e sentou-se na ponta da cama, espreguiçando-se.

Então, sentiu algo rodear sua cintura e, ao olhar para o lado, viu Riki abraçando sua cintura, enquanto ainda mantinha os olhos fechados.

— Não vá agora — disse com a voz rouca devido ao sono, a mesma que fez Sunoo se arrepiar por inteiro, de tão atraente que era.

Sunoo deu um sorrisinho de lado e acariciou o rosto do japonês.

— Quem mandou você vir dormir aqui? Eu falei que era para ficar na sala. — Olhou para ele, vendo que estava sem camisa. — E ainda dormindo ao meu lado sem camisa? Bem que o Jungwon fala que você é um japonês safado!

Entre Pétalas e Espinhos | SUNKIOnde histórias criam vida. Descubra agora