12 - Meu verdadeiro desejo 🔞

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Que fácil foi tocar o céu pela primeira vezQuando os beijos foram o motor de partidaQue incendiou a luz que hoje se desapareceFuiste Tú - Ricardo Arjona (part

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Que fácil foi tocar o céu pela primeira vez
Quando os beijos foram o motor de partida
Que incendiou a luz que hoje se desaparece
Fuiste Tú - Ricardo Arjona (part. Gaby Moreno)

Cristina

Eu alterei minha expressão, pareci um bichinho assustado, me encolhendo mais naquele canto da cama. A verdade é que eu tinha muito medo, medo de decidir. Eram tantas coisas envolvidas.

Para mim, me entregar a Frederico significaria romper de uma vez com um passado que eu não queria esquecer e nem apagar. Havia sido a coisa mais linda da minha vida e me dado meu bem mais precioso.

Algo dentro de mim dizia que, ainda que Hernán estivesse morto, eu devia me manter fiel a ele, meu coração me pedia, me gritava. Eu pensava naquele amor com tanta intensidade que era como se ainda o estivesse vivendo.

Eu não conseguia admitir o que muitas pessoas à minha volta insistiam em dizer. Que, ao viver apegada a esse sentimento, eu só vivia de suas sombras, das sombras do passado, que ele não era real.

E tinha Frederico... Ele não representava apenas sombras, era a realidade. Só que, por mais que me sentisse atraída por ele, que seus beijos arrebatassem meus sentidos, eu não sabia se era amor. Mais do que isso, eu não sabia se era conveniente amar a Frederico. A mesma resistência que eu tinha em entregar meu corpo, tinha em entregar de novo meu coração. Aliás, muito mais.

O homem para quem eu havia entregado meu coração uma vez, a única vez, era tão perfeito, talvez sim, um pouco idealizado pelas tragédias, pelos anos, pela interrupção, pelo não acontecido, mas não tinha nada parecido com Frederico.

Frederico era mulherengo, selvagem, rústico; faltava-lhe leveza no trato, embora sempre fosse carinhoso comigo. Hernán, por sua vez, o homem que eu havia amado e permanecia amando era mais sofisticado, carinhoso. Eu só não podia evitar o medo de amar a Frederico.

— Frederico... eu... — Pronunciei assustada.

— Eu não quero que você se sinta pressionada, Cristina. Não pense que eu estou fazendo isso. — Ele justificou. — Para mim também está bem se as coisas forem devagar, se nós fizermos aquilo que não pudemos fazer antes de nos casar.

— O quê? — Perguntei confusa.

— Namorar! — Ele respondeu sorrindo pícaro, beijando-me cheio de paixão.

Correspondi ao beijo, agarrei-me ao seu pescoço e deixei-me beijar, ser aninhada, acarinhada. Apesar da rudeza, Frederico sabia como tratar uma mulher, como fazê-la se sentir a mais especial do mundo. Claro! — pensei — Como um mulherengo não vai saber agir assim? — Estava muito, muito insegura. Afastei-me do seu beijo puxando o ar.

— Eu não posso mentir. Estou muito confusa, Frederico.

— E eu não acreditaria se você dissesse o contrário. Só que, desde o início da noite eu vi um brilho diferente nos seus olhos. Uma coisa que eu ainda não tinha visto, eu senti que você queria. Queria que fizéssemos amor tanto quanto eu. Por isso eu insisti tanto. — Confessou.

Sombras do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora