Esqueça, não me importa sua explicação
E, por favor, não mencione a palavra amor
Isso nunca sucedeuPorque só parecia amor
Só se via, tinha o sabor e se sentia como amor
Dava pra sentir no ar isso que
Ao final me confundiu
Sólo Parecía Amor - ThalíaFrederico
No escritório do armazém, empurrei violentamente Raquel para que ela se soltasse de mim. Minha paciência tinha chegado ao limite com tamanha desfaçatez da minha ex-amante.
— Você está louca, louca, completamente louca e eu não vou falar com você nesse estado! — Gritei.
Rapidamente, no chão, ao lado do pé da mesa, peguei a calcinha de Raquel e enfiei na bolsa dela, de qualquer maneira. Depois, comecei a puxá-la pelo braço para fora do escritório, descontrolado, arrastando-a. Ela gritava como louca:
— Você não pode fazer isso comigo, Frederico! Eu só quero te demonstrar que eu te amo, que eu te amo e faço tudo por você como essa infeliz não é capaz de fazer!
Descendo as escadas, eu me sentia numa encruzilhada. A sorte é que era hora do almoço e nenhum empregado veria Raquel por ali, mas o que aconteceria se alguém visse? Nem sequer prestava atenção nas coisas que ela gritava tentando soltar seu braço da minha mão forte enquanto eu a arrastava degrau por degrau.
— Você vai desaparecer daqui do mesmo jeito que apareceu! Não me importa como, se pelas sombras ou carregada pelo diabo! Entenda de uma vez por todas, Raquel: eu não quero mais te ver. Nunca mais!
No fim da escada, Raquel se soltou de mim e se esfregou na parede do armazém, olhando-me de maneira libidinosa:
— Isso você diz agora, mas no momento em que você precisar de consolo, que sua mulherzinha voltar com os caprichos, você vai me procurar. E eu vou estar lá, Frederico. Vou estar lá para você.
— Raquel, não me faça perder a cabeça! Eu já disse que te quero fora das terras da minha mulher! Se algum dia eu voltar a te ver aqui, você vai se arrepender. Não pense que estou de brincadeira, você sabe que minhas ameaças devem ser levadas a sério. — Bradei desconcertado.
— Frederico, você percebe que... percebe que eu estou sem calcinha. — disse mordendo o dedo indicador, aproximando-se de mim e acariciando meu peito. — Eu vim aqui disposta a fazer tudo! Tudo o que você quiser. Onde você quiser, realizar qualquer uma de suas fantasias. — disse deslizando sua perna pelas minhas coxas. — Você quer que façamos na mesa? Nós fazemos! Aqui, com o risco de sermos descobertos, melhor ainda. No meio do mato, na cachoeira que é aqui pertinho... Onde você quiser. Você sempre gostou do sexo entre nós, Frederico! Sempre disse que eu era uma verdadeira mulher! Deixe-me fazer tudo o que você quiser. Só você me dizer!
— O que eu quiser? — Indaguei respirando fundo, tentando me acalmar.
— O que você quiser, meu amor. — Deslizou a língua pelo meu queixo.
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Sombras do Passado
FanfictionQuando o passado ressurge e o destino se entrelaça em suas sombras, Cristina se vê diante de um dilema impossível. Criado por uma trama de perdas e decisões impostas, sua busca por redenção a leva por um caminho tortuoso entre dois amores e uma verd...