Capítulo Seis

307 25 1
                                    

Louisa

Tive que admitir, eu senti uma emoção correr através de mim assistindo Wyatt cuidar do assaltante. Nunca estive realmente preocupada, particularmente porque eu tinha uma arma escondida dentro do meu vestido, mas havia algo
incrivelmente excitante sobre um homem que poderia lidar com ele mesmo assim.

Eu nunca esperava que Wyatt fosse esse tipo
de homem,mas devia ter adivinhado. Só de
olhar, você poderia dizer que ele passou
tempo na academia. Ele era musculoso e
alto e parecia quase como um jogador de
futebol.

No restaurante, o chef amigo de Wyatt tentou esconder o seu aborrecimento da melhor
maneira possível, quando eles nos serviam a refeição. Era uma mistura incrível de comida
espanhola contemporânea com um italiano,
e tive que admitir que foi a melhor refeição
que já tive. Ajudou que foi preparado para nós
por um chef de classe mundial em seu próprio
restaurante, e nós éramos seus únicos clientes.

A conversa foi normal. Wyatt falou de crescer
em uma família podre da classe trabalhadora
e falou sobre sua ascensão lenta através das
fileiras. Falei um pouco sobre a minha própria
infância, apesar de ter sido mais difícil entrar
em detalhes,desde que Wyatt queria evitar
esse tipo de conversa no restaurante.

Eu entendo sua paranoia, embora pensei
que ela fosse desnecessária.Depois, tivemos
outro copo de vinho, como o pessoal desapareceu
na parte de trás, presumivelmente para comer a
comida em excesso, que o chef sem dúvida tinha preparado.

— Adorável noite. — Eu disse a ele.

— A refeição foi perfeita. O vinho perfeito.

— Você acha que matou o homem? — Perguntei-lhe
casualmente.

Ele riu.

— Provavelmente não.

— Mas você poderia ter.

— Talvez.

Eu sorri.

— Você é bom nisso.

— Eu era um boxeador na faculdade. Então
estudei artes marciais mistas por um tempo.

— E agora?

— Agora não tenho muito uso para ele.Não
estou em brigas de bar mais.

— Você já esteve?

— Uma ou duas vezes. — Ele riu. — Apesar da
minha profissão, eu vivi.

Balancei a cabeça.

— Eu entendo.

— Deixe-me perguntar uma coisa, Louisa.

— Pergunta.

— O que te motiva?

Eu franzi meus lábios.

— Eu não sei.

— Vamos lá. Algo deve motivá-la.

Pensei por um segundo. Lembrei-me de todas
as vezes que as pessoas não me levaram a sério
só porque eu era uma mulher. Lembrei-me do
ar paternalista, os tons infantilizados,os privilégios arrancados só porque eu não tinha um pau. Ser
uma mulher da máfia não foi fácil, especialmente quando seu pai era o líder.

— Liberdade — Disse. — E o poder.

— Poder. — Ele repetiu.

— As mulheres não têm poder onde eu cresci.
Era sempre os homens e seus brinquedos que
importava, não importa o quão inteligente e
forte éramos. Não podia ficar lá.

Curve-seOnde histórias criam vida. Descubra agora