Curve-se

Capítulo Vinte e nove

Wyatt

Outro motel de merda fora de uma cidade de
merda no meio do nada. Ethan e eu estávamos dirigindo ao longo de estradas laterais para a maior parte da semana, e até agora nada tinha acontecido.

Motel após o outro, meu celular destruído, e-mails indo sem resposta.Não sabia em quem podia confiar. Eu sabia que Arturo tinha os dedos em cada pote, e a maioria das pessoas estavam na sua folha de pagamento. Estava tentando trabalhar ainda,
mandava e-mails somente sobre coisas importantes de endereços codificados em computadores públicos, mas não podia fazer muita coisa.

Ethan não me deixou tentar mais alguma coisa e proibiu absolutamente telefonemas. Ele tinha
destruído nossos telefones naquele primeiro dia, e então eu me senti completamente desconectado do mundo.

Não havia nenhuma palavra de Louisa, mas sabia que eu não esperava nada. Depois do que ela disse, eu tive que assumir que nossos os nossos laços estavam completamente cortados.Foi frustrante, mas não havia mais nada que eu pudesse fazer sobre isso.

Eu olhei para o teto, em seguida, olhei para o relógio.Eram três da manhã. Não tinha dormido muito ultimamente,por razões óbvias. Ethan estava roncando na cama ao meu lado,e eu tinha um bom zumbido ainda ressoando através de meu cérebro.

O copo meio vazio de uísque estava na mesa ao lado.
Senti a sua presença. Apesar de ela pensar que eu era um traidor e virar as costas para mim, eu senti sua falta. Eu sabia que era estúpido, mas nunca me senti como me senti sobre ela para outra pessoa em toda minha vida.

Eu tinha ido através dos meus dias só querendo o melhor, para conseguir o que ela queria, levou-o para mim. Mas Louisa mudou isso. Ela me fez
querer me sacrificar por ela. Ela me fez acreditar
em sua causa.Ela me fez querer ser um homem melhor e tornar uma cidade melhor.

Mas tudo isso se foi. Ela virou as costas para mim e me obrigou a me esconder, tudo porque eu tinha me envolvido em uma guerra entre ela e o pai dela. Foi burrice minha,completamente insensato. Eu não tinha nada a ganhar por me envolver com ela, ou pelo menos nada que não poderia ter ido por outros meios. Eu a queria, e foi por isso que eu confiei nela.

Isso me fez nada, apenas meio bêbado às três da manhã em um lixo de motel de merda. Eu não ia mudar nada fugindo da máfia. Eu poderia ficar acordado toda a noite como eu queria, mas apenas a ação ia me tirar dessa porra...

Foi a parte ruim de tudo, não queria sair do Estado. Eu queria voltar para a cidade e fazer Louisa saber que ela queria ser tomada. Eu queria fazê-la minha e mostrar-lhe quão forte podíamos ser juntos.

Isso não parece provável, não mais. Não depois deste
fiasco.Eu rolei apenas ao meu lado, de frente para a janela, e algo se movendo lá fora me chamou a atenção. Era apenas uma sombra, um movimento de luz do outro lado das cortinas, mas aconteceu. Eu estava provavelmente cansado e vendo coisas,mas então aconteceu de novo.

Eu lentamente me arrastei da cama, me sentindo
paranoico. Eu agarrei a arma da minha mesa de lado e saí em direção a porta vestindo apenas cueca boxer.Tudo estava calmo. A respiração do Ethan era constante.Não havia ninguém lá fora, e não havia nada errado. Eu só estava sendo completamente paranoico. Eu fiquei do lado da porta, olhos estreitos.

A porta explodiu para dentro. Houve um estouro alto e um flash de luz, como a madeira lascada. Eu atirei cegamente, o que salvou a minha vida, porque um homem seguiu o flash para a sala.

O senti, mas eu o forcei a mergulhar para baixo para o chão. Ele caiu no chão duro e fiquei em cima dele, chutando a arma tão duro quanto pude. Bati de sua mão, a enviando girando para fora, e ele rolou novamente quando eu tentei outra vez.

As pernas dele pegaram meu tornozelo como ele
arremeteu, me fazendo tropeçar. Eu tropecei para o lado,disparando uma e outra vez até que eu estava sem balas. O cara foi atingido no ombro, mas ele estava de pé, e ele estava vindo até mim com uma faca.

Eu joguei a arma para ele e ele se esquivou. Deixei-me em uma posição defensiva quando ele veio a mim, esfaqueamento em golpes rápidos. Eu consegui lutar com ele, dando um passo atrás, mais perto da parede.

Sua faca piscou, rápida e mortal, me pegando no braço.Eu a roubei, chicoteando para fora com os meus punhos, mas ele bloqueou e veio para a frente. Seu rosto estava em branco e grave.

Ele ia me matar. Eu sabia naquele momento. Eu era um bom lutador, mas isto foi um assassino profissional treinado para a máfia. Este era um homem que matava para viver. Ele foi baleado no braço e ele não estava parando, porque ele não
parou até que sua presa estava morta.

Eu estava lutando pela minha vida, e eu estava perdendo.Minha arma era inútil e estava desarmado. Eu não poderia ganhar em uma luta contra um homem habilidoso com uma faca.

Foi estranho. Como a ponta de faca chegou mais perto de mim, cortando quando minhas costas pressionaram contra a parede, fiquei pensando sobre Louisa. Eu fiquei pensando sobre todas as coisas que poderiam ter sido com ela, todas as coisas
que eu desejei que tivessem acontecido de forma diferente.

Então, houve uma batida suave e o crânio do homem
explodiu. Eu estava coberto de sangue, quando ele caiu no chão.

Ethan sorriu para mim, sua arma em punho.

— Foi por pouco. — Disse ele.

— Foda-se. Eu pensei que eu ia morrer.

— Não comigo por perto.

— Por que demorou tanto tempo?

— Não consegui encontrar a minha arma. E você parecia bem.

— Jesus, Ethan. Estou com raiva e muito feliz agora.

— Você não está morto. Fiquei feliz.

Eu olhei para baixo no corpo do morto assassino, seu
crânio explodido da bala rasgando pela parte de trás da cabeça.Eu limpei o sangue de meu rosto e no peito com os lençóis.

— Devemos ir. — Disse Ethan.

— Devemos. — Eu concordei.

Ele começou a fazer as malas.Olhei para as minhas coisas, no corpo do homem. Eu sabia que só devia voltar na estrada, me manter em movimento.Isto era a prova que Arturo estava atrás de mim, e minha vida estava em perigo agora mais do que nunca.

Não tinha ideia de como eles nos encontraram, mas eles tinham, e isso significava que mais tipos iam encontrar-nos em breve. Eu precisava de mais proteção e nos esconder mais fundo.Mas eu não queria me esconder. Vejo duas opções na minha frente, claro como o dia.

Eu poderia correr e me esconder profundamente. Eu
perderia tudo pelo que trabalhei. Não podia ser o Procurador-Geral, diabos, eu provavelmente não poderia mesmo ser advogado. Eu seria uma concha de um homem, uma sombra do meu antigo eu, mas pelo menos eu estaria vivo.

Eu podia remendar alguma aparência de existência, se eu quisesse ficar para sempre insatisfeito, quebrado, desfeito.Ou eu poderia voltar para Chicago e levar de volta o que era meu. Talvez eu não conseguiria com Louisa, mas tinha outros contatos.

Eu sabia quais homens da máfia russa poderiam ajudar, e a força policial estava do meu lado. Louisa
ainda estava indo atrás de Arturo, e provavelmente um deles ganharia. Eu ainda poderia ajudá-la com isso, mesmo que ela tinha virado as costas para mim.

A escolha era óbvia para mim.Eu não era do tipo de execução. Não poderia viver uma vida de fraqueza. Eu não ia me esconder, porque eu precisava fazer o que eu precisava. E eu preciso de Louisa, mesmo que ela não veja.

— Vamos voltar para a cidade. — Eu disse para Ethan.Ele sorriu.

— Bom.

Eu assenti e comecei a embalar. Eu ainda tinha sangue respingado em meu corpo, mas isso pode esperar. Estava lavado de sangue.

Eu estava voltando para Chicago, e eu ia levar o que era meu. Não quero mais brincar. Não há mais fraqueza.A última coisa que pensei quando estava convencido de que eu ia morrer foi Louisa. Eu sabia o que era importante para mim.

Eu tinha que viver e ter de volta o que perdi.