Capítulo Quinze

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Wyatt

Eu ainda podia sentir seu corpo apertado contra
o meu na manhã seguinte enquanto eu trabalhava
no meu quarto de hotel.

Ethan não tinha voltado, mas não foi surpreendente. Ele provavelmente ainda estava acordado, se desfazendo do corpo.

No café da manhã, bebi café e enviei e-mails. Basicamente foi a maioria do meu trabalho: Eu escrevi e-mails e tomei decisões. Não escrevi mais resumos ou me envolvia em casos especiais a menos que houvesse algo incrivelmente de alto perfil.
Isso era incomum. Principalmente eu apertava
mãos e parecia ocupado.

Louisa pode mudar tudo isso. Assim que começarmos,vamos levar esta coisa até ao fim. Meu primeiro passo, porém,foi me encontrar com o Chefe Frank Herbert e fingir que eu estava discutindo sobre as Aranhas.

Em torno do meio-dia, abri a porta do apartamento. Ethan entrou, parecendo cansado. Seus sapatos estavam enlameados.

— Você está péssimo.— Disse.

Ele suspirou.

— Despejar um corpo não é divertido.

— Presumo que ele tenha partido?

— Ele se foi.

— Quero detalhes?

Ele encolheu os ombros. Eu o vi entrar na cozinha
e se servir um café.

— Não vai dormir? — Eu perguntei.

— Eu tenho trabalho a fazer.

— Tire o dia de folga.

— Não há descanso para os perversos.— Ele sorriu.

— Pelo menos tome um banho.

— Eu posso fazer isso.

— Tenho a reunião com Herbert em uma hora.

— Posso ir com você se você quiser.

— Tudo bem. Faça tudo o que você precisa fazer.

Ele assentiu e desapareceu para seu quarto. Pela
centésima vez eu meditava sobre como era estranho Ethan, mas o homem podia fazer um trabalho.
Myers tinha desaparecido, e eu tinha o matado. Bem, eu o matei por procuração.

Ethan fez realmente a matança, embora eu não tinha ideia de como. Provavelmente atirou no cara. Eu
realmente não queria todos os detalhes, mas tinha um pouco de curiosidade mórbida.

Meia hora depois, levantei-me da minha mesa e caminhei lá para baixo. Meu carro estava esperando por mim, e eu embarquei nele.

A sede principal da polícia de Chicago estava num grande edifício no meio do centro da cidade. Você nunca imaginaria que era o departamento de polícia a menos que você estava procurando por eles.

Herbert estava me esperando, e não tive que
esperar muito tempo. Ele me deixou entrar em seu escritório com um sorriso e um aperto firme de mão.
Ele era um homem mais velho, em seus cinquenta anos,com um grande bigode, provavelmente um retrocesso aos tempos quando todos os policiais tinham um bigode.

Ele parecia um bom policial, que me fez pensar por que todos os policiais parecem exatamente iguais. Foi algo na água que beberam que fez todos eles terem esse olhar? Talvez fosse assim que eles
carregavam a si mesmos.

Nunca confiei na polícia quando era jovem. Bom, nunca deu em nada chamar os policiais, então, eu
fui um bandido de merda e nunca imaginei que iria me envolver estando do lado da lei.

Os Advogados e a polícia tinham uma aliança solta. Não trabalhamos exatamente para o outro, ou nem por isso. Ambos servíamos a verdade, embora em nossos próprios caminhos. A polícia sentia como se eles tinham a superioridade moral,porque eles estavam andando pelas ruas todos os dias.

Advogados e policiais foram glorificados atletas e que eles eram os verdadeiros guardiões da lei e da ordem. Também não estavam totalmente certos.

— Wyatt.— Disse Frank Herbert.

— Frank.— Entramos na sala dele e sentei-me em frente a ele.

— Fiquei surpreso quando a minha secretária disse que pediu esta reunião.

— Estou na cidade, então pensei em passar.

— Fico feliz por te ver. O que você queria falar?

— Algumas coisas. — Eu olhei ao redor do
escritório,mentalmente catalogando algo útil.—Principalmente, eu queria falar sobre as Aranhas.

Seu rosto caiu.

— Não sei muito sobre eles.

— Bem, tenho certeza que isso é parcialmente verdade.

— O que está insinuando?

— Eu não estou insinuando nada, Frank. Eu só
quero saber o que está acontecendo com eles.

Ele suspirou, inclinando-se na cadeira.

— É um grupo de vigilantes. Eles têm atacado alguns
pontos de bordel, libertando as meninas, esse tipo de coisa. Na maior parte, eles são inofensivos, a menos que você está no negócio do sexo.

— Você não fez nenhuma prisão?

— Não. São difíceis de encontrar.

— Eu vejo.

— Você vem aqui pedir-me para ir atrás deles?

— Não, não estou. Só curiosidade sobre eles.

— Quem me dera ter mais para te dizer. Nem sabemos quem é o líder deles. Nós nunca realmente capturamos um.

— Você acha que saberia mais sobre um grupo como esse com os seus recursos.

— Você ficaria chocado em quão secreto eles são, Wyatt.

— Eu acredito.

Boa e velha Louisa, confundindo a polícia.
Será que os policiais não estavam indo atrás das Aranhas porque eles eram incompetentes? Eu
tinha presumido que era porque eles foram pagos
de alguma forma, ou talvez porque alguém era um crente como Louisa sugeriu.Talvez seja porque eles realmente não podem encontrá-los.Ou talvez seja uma combinação dos três.

— Há outra coisa.— Disse. — Você sabe sobre as gangues de drogas do lado sul?

— Claro que sim. Nós temos trazido aqueles idiotas
a anos e eles sempre conseguem sair de alguma forma.

— Leve o crack para baixo.— Disse.

Ele levantou uma sobrancelha.

— Eu adoraria. Mas as acusações não se mantêm.

— Vão ficar. Estou prometendo-lhe isso. Quebre isso.

Ele assentiu lentamente.

— Ok, Wyatt. Não quero saber mais do que isso.

— Bom. Isso é tudo que você precisa saber. — Eu levantei e nós apertamos as mãos novamente. — Obrigado pelo seu tempo, Frank.

— Claro.

Virei e saí do escritório.

Tão logo eu estava fora do prédio, liguei para o número de Louisa. Ela não respondeu novamente, obrigando-me a deixar outra mensagem de voz.

— Venha para meu hotel hoje à noite às oito. Tive uma conversa com o chefe agora. — Eu desliguei o telefone.

Era hora de fazer movimentos contra Arturo. Não sabia que policiais estavam no nosso lado, mas parecia que eles iam ficar fora da guerra, não importa o que Arturo queria.Marquei um outro número. Uma mulher atendeu o telefone.

— Escritório de Arturo Barone.

— Aqui é Wyatt Carter. Arturo está disponível?

— Agora não. Ele está em uma reunião.

— Diga que eu liguei. Diga que eu falei com o chefe e que me ligue de volta.

— Ok, querido.

Eu desliguei e coloquei meu telefone no meu bolso.
Movimentos dentro de movimentos. Eu estava preparando-nos para alguma coisa, e eu esperava que Louisa fosse ser capaz de lidar com o seu lado das coisas.Era muito cedo para duvidar, embora. Damos um jeito.

Não tínhamos outra escolha.

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