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2. A decisão de um casamento

Com base no 2º episódio...

Narrado por Rhaella Targaryen:

Um ano e meio havia se passado após a morte de Aemma Targaryen, o castelo estava em constante movimento. A vida na corte não parava, e eu, Rhaella, junto com minha irmã Rhaenyra, estávamos mais envolvidas do que nunca nas questões do reino. A dor da perda de nossa mãe adotiva ainda era palpável, mas aprendemos a conviver com ela e a seguir em frente.

Naquele dia, o conselho real estava reunido para discutir os ataques cada vez mais ousados dos piratas nas nossas costas. Eu me sentia nervosa, mas também curiosa para ver como essas discussões se desenrolariam. Rhaenyra servia eu e os homens na mesa e eu estava sentada ao lado de nosso pai, o rei Viserys, ouvindo atentamente.

—Esses piratas estão se tornando um problema sério.- disse Corlys Velaryon, mestre dos navios e responsável pelas terras mais próximas dos alvos dos piratas.
—Precisamos agir rapidamente antes que causem mais danos.

Viserys parecia preocupado, mas hesitante.
—Entrar em conflito com as Terras Livres poderia significar guerra. Não podemos tomar essa decisão de forma leviana.

Corlys pediu permissão para retrucar, mas Viserys o interrompeu, negando seu pedido. Foi então que Rhaenyra, sempre audaciosa, levantou-se e falou com firmeza.

—Temos dragões à nossa disposição. -disse ela, sua voz clara e determinada. —Por que não os usamos para dizimar essas frotas piratas de uma vez por todas? Isso mostraria ao mundo a força da dinastia Targaryen.

O salão foi tomado por um murmúrio de surpresa e desconforto. A sugestão de Rhaenyra incomodou muitos dos homens nobres presentes. Viserys franziu a testa, olhando para sua filha com uma mistura de preocupação e desaprovação.

—Rhaenyra. disse ele, sua voz carregada de autoridade.
—Essa é uma decisão que não pode ser tomada impulsivamente. O uso dos dragões deve ser cuidadosamente considerado. Agora, preciso que você vá escolher o cavaleiro que substituirá Daemon no comando da Guarda Real. Isso é urgente.

Rhaenyra respirou fundo, visivelmente contrariada, mas assentiu.
—Sim, pai. Vou cuidar disso imediatamente.

Sentindo a tensão, decidi me levantar. —Vou acompanhar Rhaenyra -falei olhando para meu pai.

Viserys assentiu, permitindo nossa saída. Enquanto caminhávamos pelos corredores do castelo, o silêncio entre nós era pesado. Rhaenyra estava claramente frustrada, e eu queria apoiá-la.

—É frustrante ver como eles têm medo de usar nosso poder - disse Rhaenyra finalmente, quebrando o silêncio.
—Temos dragões, Rhaella. Eles são nossa maior arma, e ainda assim, somos desencorajadas a usá-los.

—Eu entendo, Rhaenyra. respondi suavemente.
—Mas nosso pai teme as consequências. Ele já viu muita destruição e talvez queira evitar mais conflitos.

Rhaenyra suspirou, mas parecia aceitar minhas palavras.
—Você tem razão. Mas não vou desistir das minhas ideias. Sei que podemos fazer mais.

Chegamos ao campo de treino, onde os cavaleiros aguardavam nossa chegada. Havia uma mistura de rostos novos e conhecidos, todos prontos para mostrar seu valor. Rhaenyra assumiu seu papel com confiança, começando a inspecionar os candidatos.

—Precisamos do melhor cavaleiro para proteger nosso pai. -disse ela, sua voz firme e decidida.

Rhaenyra observou com olhos críticos. Criston Cole, o cavaleiro que derrotou Daemon no torneio de estreia, se destacou rapidamente. Sua habilidade e experiência em batalhas reais o tornavam uma escolha evidente.