vislumbre

ix.

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Gente um aviso antes de começar... me disseram que existe uma polêmica ai no fandom sobre hot (sobre psv e atv) eu pra ser sincera não curto ler entao não faz diferença, mas algumas pessoas podem ficar incomodadas? enfim...tem um hot aqui que talvez alguns não gostem por isso e tbm tem um pouco (quase nada) de role play.

*

Minha mãe me ligou numa segunda de manhãzinha. Tremi. Ainda não vi ela desde que vim parar aqui.

- Esqueceu que tem mãe? garoto ingrato, acha que só porque é um adulto, casado, com filhos não  precisa mais do colo da mamãe?

Bom ela tem a mesma personalidade dramática aqui e lá, o que torna mais fácil...já sei como lidar com ela.

- Bom dia mamãe, acredita que tava falando da senhora pro Maury ontem mesmo? - mentira, quem puxou o nome dela na conversa foi a Julia - o que acha do próximo feriado a gente ir fazer uma visita?

- Acho ótimo. Liga de vídeo, quero ver meu genro e meus netos.

- E seu filho? não quer ver? ingrata.

Amaury trouxe Théo e chamou Julia pra conversar com a vovó. Deitamos os quatro na cama e liguei de novo.

- Meu deus como vocês são lindos! - ela disse animada - que isso, que tamanho de bochecha é essa do Théozinho? Amaury meu anjo que lindo você tá. A vovó ta morta de saudade Julinha.

- Ah pretinha, mostra pra sua avó a novidade - Amaury pediu e ela sorriu pra câmera mostrando a banguela.

- Já tá perdendo o dente? que velhinha.

- Vovó sabia que o Théo ta quase andando?

- Não sabia, porque meu filho não me fala nada, pra saber dele eu preciso focar ligando - ele deu um gole no café - quando ele começou a andar?

- Não ta andando ainda mãe, mas tem uns dois dias que a gente ta incentivando e as vezes ele troca uns três ou quatro passos.

- E ele também chama o papai Amaury.

- Ele chama 'papai' sem especificar qual deles - refutei.

- Mas ele só fala papai quando EU - enfatizou e apontou para si - chego e ele me vê.

- Ta bom, você é o único pai dele então.

*

Conversamos com ela por um tempão, era estranho ver ela e não ver e nem poder perguntar do meu pai. Lembrei que se eu estiver sumido esse tempo todo no meu mundo eles estão mortos de preocupação.

- Então ta meus filhos, vou indo... inclusive não vão trabalhar hoje não?

- Eu fechei o escritório, to usando o daqui de casa mesmo - Amaury disse e dava pra sentir o desânimo na voz dele - e o Di vai começar no novo emprego em duas semanas, né pequetito?

- É, já tá tudo pronto, tô até recebendo já só falta a sala ficar pronta.

- Meu deus que chic filho, parabéns aos dois por tudo isso... não se esqueçam próximo feriado quero os quatro aqui em casa.

- Obrigado mãe, a gente vai sim, um beijo.

*

- Amor? - chamei, ele tirou os olhos do computador.

- Oi Di - abriu os braços e bateu na perna pra eu sentar - voltou rápido.

Me sentei em seu colo, fiquei cheirando aquele cabelo enquanto ele acariciava minhas costas.