When The Skyfall.. || Black Widow

Capítulo 09 : Máscaras.

Finalmente, ela chegou ao seu andar e se aproximou da porta de seu apartamento com uma sensação de apreensão se formando em seu peito. O ar estava carregado de tensão enquanto ela notava que algo não estava certo. A porta parecia entreaberta, como se tivesse sido arrombada à força. E, instintivamente, suas mãos foram para trás de sua calça, buscando sua pistola. Ela a sacou com agilidade, sentindo o peso familiar em suas mãos enquanto a posicionava à frente de si, pronta para qualquer eventualidade.

Com cuidado, Natasha se aproximou da porta, mantendo-se alerta para qualquer sinal de perigo. Ela deu um chute leve na porta, fazendo-a abrir-se lentamente, permitindo-lhe uma visão mais controlada do interior do apartamento enquanto mantinha um pouco de cobertura.

Ao verificar rapidamente o espaço, ela percebeu que parecia vazio. No entanto, sua intuição ainda estava alerta, e ela continuou cautelosamente adentrando o local, seus sentidos aguçados enquanto revistava cada canto.

Foi então que um som sutil ecoou da porta atrás dela. Em um movimento rápido e instintivo, Natasha se virou, sua arma pronta para qualquer ameaça que pudesse surgir. Seus olhos se estreitaram, sua respiração pesada diante do que... quem os seus olhos haviam acabado de se deparar.

Ela tomou alguns segundos para analisar a figura que estava bem diante de seus olhos. Era humana, completamente encoberta por algum tipo de traje tático de espionagem, em tons e variações de preto. Além disso, seu rosto e sua cabeça estavam completamente ocultos por uma máscara incomum. A máscara tinha algum tipo de visor com vários "olhos", conferindo-lhe uma aparência quase alienígena e perturbadora.

O que mais chamava a atenção e preocupava Natasha naquele momento, no entanto, era o fato de que essa figura misteriosa apontava uma Glock G19 para si, da mesma forma e posição a qual Natasha também apontava a mesma arma para a figura. Ambas estavam na mesma posição, de frente uma para a outra, se encarando. Era como um jogo de xadrez mortal, onde cada jogadora aguardava pacientemente o próximo movimento da adversária. A tensão era palpável, cada respiração pesada, cada batida do coração ressoando como um tambor dentro de seus peitos. Os olhos de Natasha, atentos, analisavam cada detalhe do oponente, buscando qualquer pista que pudesse revelar uma fraqueza, um ponto de vantagem. A figura enigmática, imóvel e silenciosa, parecia fazer o mesmo. Era um confronto de vontades, onde o menor erro poderia significar a derrota e, possivelmente, a morte. As luzes fracas do apartamento lançavam sombras que dançavam ao redor delas. Natasha não piscava, seus músculos tensos e prontos para agir ao menor sinal de perigo. A figura, igualmente imóvel, mantinha a Glock firme, os olhos eletrônicos da máscara brilhando com uma intensidade que sugeria uma vigilância incansável.

Em meio à sua espera pelo momento certo, um som de buzina ecoou por todo o apartamento, vindo da rua. Para Natasha, isso pareceu o momento perfeito para agir. Num movimento rápido e preciso, ela se lançou para frente, elevando a mão que segurava sua arma na direção da Glock da figura mascarada. Em uma fração de segundo, conseguiu apanhar a arma da oponente e a retirou de sua mão.

No entanto, ao retornar para sua posição e mirar a arma na adversária, Natasha notou algo estranho: a pistola que estava em sua mão momentos antes já não estava mais ali. Seus olhos se estreitaram, confusos, enquanto vasculhava o ambiente ao redor, tentando entender o que havia acontecido.

Foi então que viu sua própria arma nas palmas da adversária. Em um instante, compreendeu a situação. Ambas haviam realizado a mesma movimentação. A figura mascarada, tão rápida e habilidosa quanto ela, havia repetido exatamente o mesmo movimento ao mesmo tempo.Isso era... inesperado, para dizer o mínimo. Natasha nunca havia enfrentado alguém que pudesse igualar sua velocidade e precisão dessa maneira. O impasse agora era ainda mais tenso, com ambas se encarando, cada uma segurando a arma que antes pertencia à outra. Natasha estudou a figura à sua frente, procurando entender mais sobre essa oponente enigmática. A respiração pesada e os olhos fixos, avaliando cada detalhe. O silêncio no apartamento era absoluto, apenas interrompido pelo som distante do tráfego na rua lá fora. A cena estava congelada no tempo, as duas combatentes em um equilíbrio delicado e perigoso. Cada uma sabia que o próximo movimento poderia ser decisivo, e a tensão no ar era quase palpável.