O FIM DE SEMANA

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Assim que Zoro chega na Inglaterra a cavalariça do príncipe Sanji, a senhorita Nefertari Vivi,  vai ao seu encontro para cumprimentá-lo, eles tem um diálogo rápido em que ela se apresenta e o informa sobre um termo de confidencialidade que ele deveria assinar antes de encontrar o seu "arqui-inimigo", apesar de achar uma grande bobagem ele decide assinar, já que termos de confidencialidade não são nenhuma novidade para Zoro, então ele o assina e rubrica. Afinal, não divulgaria todos os detalhes monótonos de sua viagem para ninguém, exceto talvez para Kuina e Law.

Em seguida, ele é avisado sobre a agenda que ele e o príncipe deveriam cumprir.

— Certo — Vivi diz. — O senhor vai ficar nos aposentos de hóspedes do Palácio de Kensington. Amanhã, vai dar entrevista ao This Morning às nove... agendamos uma sessão de fotos no estúdio. A tarde toda é das crianças com câncer e depois o senhor pode voltar para a terra da liberdade.

— Está bem — Zoro diz. Por educação, ele não acrescenta: poderia ser pior.

— Agora — Vivi diz —, o senhor virá comigo para buscar o príncipe no estábulo. Um dos nossos fotógrafos estará presente para fazer registros do príncipe recebendo o senhor ao país, então tente parecer feliz por estar lá.

Eles estacionam na frente do estábulo depois de quinze minutos, sua equipe de segurança logo atrás. O estábulo real é, obviamente, elaborado, bem cuidado e completamente diferente dos ranchos velhos que ele via no norte do Texas. Vivi guia o caminho até a beira do pasto, enquanto sua equipe de segurança se reagrupam dez passos atrás.

Zoro apoia os cotovelos nas tábuas da cerca branca envernizada, lutando contra a sensação súbita e absurda de que está malvestido para a ocasião. Em qualquer outro dia, sua calça chino e sua camisa seriam perfeitas para uma sessão de fotos casual, mas, pela primeira vez em muito tempo, ele está se sentindo completamente fora de seu habitat. Será que seu cabelo está horrível por causa do voo?

Claro, Snaji não vai estar com uma aparência muito melhor depois de um treino de polo. Ele deve estar todo suado e repugnante. Como se ouvisse aquele pensamento, Sanji vira a curva galopando no dorso de um cavalo branco impecável. Ele não está nem um pouco suado, muito menos repugnante. Em vez disso, surge banhado dramaticamente pela luz arrebatadora e resplandecente do pôr do sol, usando uma jaqueta preta e calças de montaria enfiadas nas botas altas de couro, como um verdadeiro príncipe de contos de fadas. Ele desengancha o capacete e o tira com a mão enluvada, e o cabelo está perfeitamente desgrenhado, de maneira a parecer proposital.

— Eu vou vomitar em você — Zoro diz assim que Sanji se aproxima o bastante para ouvi-lo.

— Oi, Zoro — Sanji diz. Zoro realmente se ressente pelos centímetros mais altos do loiro.

— Você parece... sóbrio.

— Apenas para você, vossa alteza real — ele diz com uma reverência sarcástica. Ele fica contente em ouvir certo tom de frieza na voz de Sanji, que finalmente parou de atuar.

— Muito gentil da sua parte — Sanji diz. Ele passa a perna comprida por sobre o cavalo e desmonta com elegância, tirando a luva e estendendo a mão para Zoro. Um cavalariço bem vestido surge do nada para levar o cavalo embora, puxando-o pelas rédeas. Zoro nunca deve ter odiado nada mais do que odeia esse momento.

— Que idiotice — o moreno diz, apertando a mão de Sanji. Sua pele é macia, provavelmente esfoliada e hidratada todos os dias por alguma manicure da realeza. Há um fotógrafo real logo do outro lado da cerca, então ele abre um sorriso vitorioso e diz entredentes. — Vamos acabar logo com isso.

— Preferia ser torturado — Zoro diz, retribuindo o sorriso. A câmera tira algumas fotos.

Seus olhos são grandes, suaves e azuis, e ele precisa desesperadamente levar um soco num deles.

— Ouvi dizer que seu país é bom nisso.

Zoro ergue a cabeça para trás e solta uma gargalhada elegante, alta e falsa.

— Vai se foder.

— Não tenho tempo — o príncipe diz. Ele solta a mão de Zoro quando Vivi volta.

— Vossa alteza — Vivi cumprimenta Sanji com a cabeça. Zoro se concentra para não revirar os olhos. — O fotógrafo já deve ter o que precisa, então, se estiver pronto, o carro está à espera.

Sanji se vira para ele e sorri de novo, os olhos impossíveis de interpretar.

— Vamos?

VBSA- ZOSANOnde histórias criam vida. Descubra agora