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A semana passou voando, não vi Lucas desde aquele dia. Ás vezes me parece que a cena de segunda foi minha imaginação, mas não foi.

Estou me arrumando para a festa, o tempo está fresco. Optei por um vestido florido, colado ao corpo, na metade das coxas, ele é de manga curta e tem um decote generoso nas costas, um salto preto, cabelos soltos e para completar uma make leve.

— Caramba, amiga, você está de parar o trânsito — diz Paty ao entrar no meu apartamento.

Ela também está linda com um vestido azul marinho e saltos. Os seus cabelos castanho-escuro caem em ondas nas costas.

— Você também não está nada mal — brinco e ela me olha com cara feia.

— Vamos que não quero pegar fila.

Dou uma última olhada no espelho e saímos rumo à boate.

Eu moro próximo à estação Pinheiros e a boate fica perto da estação Paulista, ou seja, um pulo.

Ao chegarmos tem uma pequena fila, mas nada demorado. Entramos e fico maravilhada com o ambiente, no meio uma pista enorme com várias pessoas dançando ao som de Don't You Worry Child - Swedish House Mafia. Do lardo esquerdo fica o bar com vários bartenders fazendo todos os drinks que se possa imaginar, ao mesmo tempo em que preparam eles dançam; no fundo há bebidas expostas e um jogo de iluminação pirotécnica. Do lado direito há sofás e mesas para quem quiser conversar ou ficar mais à vontade. No fundo um palco com DJ, dos lados ficam as escadas que dão acesso ao segundo andar, onde há mais mesas e sofás, mas entre esses tem lençóis de seda que descem girando, dando meio que uma privacidade entre um sofá e outro.

— Isso é perfeito! Olha só para a pista, show de bola — diz Paty. — Vem, vamos beber algo para esquentar.

Vamos para o bar e pedimos algumas Margueritas. Um carinha loiro, super gato, nos atende e pisca pra gente. Depois de algumas bebidas já estamos mais soltas, então vamos para a pista de dança. Está tocando Love is gone — David Gueta.

Começamos a dançar ao som da música, um mar de corpos se mexendo. Passado um tempo, sinto um corpo atrás de mim, ele envolve a minha cintura enquanto danço. Estou tão envolvida nas sensações que não me importo. O estranho começa a se roçar em mim no ritmo em que mechemos os nossos corpos colados. O seu cheiro me ínsita, um cheiro másculo. Ele começa a beijar o meu pescoço e o meu clitóris responde na hora, já posso sentir a sua ereção roçar na minha bunda. Percebo que ele é mais alto que eu, mas devido aos saltos encaixo perfeitamente no seu corpo.

De repente ele me vira e vejo que o estranho, na verdade, é a tentação em pessoa: Lucas.

Ele me olha como se fosse me comer.

O que espero sinceramente que aconteça, grita o meu inconsciente.

Com aquele sorriso de molhar calcinha, Lucas diz no meu ouvido:

— Eu disse que a noite promete.

Nessa hora eu congelo, não sei o que dizer ou o que pensar. Mas o meu subconsciente sabe e ele diz, ou melhor, ele canta: "Hoje você não me escapa, hoje, vem que a nossa festa é hoje".

Putz! Cantando Ludmila, nem sei por que isso me veio à mente.

Olho para os lados atrás de socorro, mas Paty já se enroscou com um moreno e nem se lembra de mim. Volto a olhar para Lucas, que continua me olhando com cara de safado, e que safado gostoso.

Estamos dançando sensualmente, ele desce sua boca até a minha, mas não me dá o beijo que tanto quero. Começa com beijos no canto da minha boca e vai descendo pelo pescoço, morde de leve, o que envia uma descarga elétrica direto para o meio das minhas pernas. Sinto-me tonta, mas o seu ataque continua, ele vai alternando entre morder e sugar, enquanto as suas mãos passeiam pelo meu corpo. O meu vestido sobe com os nossos movimentos, ele não para de se mexer comigo. Porque é exatamente isso o que estou fazendo, me mexendo, a única coisa que tenho noção é da boca e das mãos do Lucas no meu corpo.

A tentação mora ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora