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Lucas

Alguns anos depois...

— Estamos indo garotos, se comportem e cuidem bem das crianças. — Lucy fala antes de sair pela porta com Paty e Bianca.

— Acho que damos conta, certo? — pergunto para meus amigos que me olham desconfiados.

Nossas maravilhosas mulheres decidiram que merecem um dia de folga e que nós deveríamos cuidar das crianças. Isso inclui as gêmeas Sofia e Isabela, filhas do Marco e da Paty, e Caio, filho da Bianca e do Rodrigo.

Lucy está com os nervos à flor da pele esses dias e Bianca e Paty também não estão melhores, por isso estamos nesse momento na casa do Marco.

Nós três hoje somos os responsáveis pelos anjinhos. As crianças estão brincando no chiqueirinho na sala, enquanto assistem um desenho de criança.

Marco olha para os três entretidos assistindo galinha pintadinha.

— Vai ser moleza — diz com um sorriso no rosto.

— Não tenho tanta certeza disso, mas espero que esteja certo — Rodrigo diz cético.

— São só crianças de três anos de idade, o que podem fazer de tão terrível? — Marco indaga é vai até a cozinha. Logo retorna com três latinhas de cerveja e nos entrega.

Vamos até o sofá e ficamos jogando conversa fora por mais ou menos uma hora. Marco tinha razão, as crianças não dão trabalho nenhum, não sei por que estávamos preocupados.

Está tudo tão quieto que nós três acabamos cochilando no sofá. Até que um barulho pela casa nos acorda.

— O que é isso? — Marco pergunta, levantando-se em um pulo.

— O quê? — Rodrigo acorda assustado.

Levantamo-nos e a primeira coisa é olhar o chiqueirinho que está vazio.

— Onde estão as crianças? — pergunto.

— Elas estavam aqui agora. — Marco fala, já saindo da sala para achá-las. — Sofia, Isabela, onde vocês estão?

Nada de resposta, mas ouvimos algumas risadas vindo do andar de cima.

— Droga, como eles conseguiram fugir — Marco resmunga, subindo as escadas de dois em dois degraus.

— Eles têm três anos, gênio, aquele chiqueirinho não prende nem a Docinho. — A cachorrinha das gêmeas. — Caio, vem com o papai — Rodrigo chama ao subir logo atrás do Marco.

Eu, claro, vou junto.

Vamos primeiro ao quarto das meninas, mas está vazio. Então ouvimos a voz da Sofia.

— Corre, eles estão vindo.

— Sofia, apareça, isso não tem graça — Marco praticamente berra.

Somos respondidos apenas por risadas. Abrimos os dois quartos de hóspedes e nada deles. Só nos resta agora o quarto do casal. As risadas aumentam e então corremos pra lá.

Ao abrir a porta quase caímos para trás. O quarto está revirado de cabeça para baixo. Sofia e Isabella estão sentadas na cama, com as maquiagens da Paty espalhadas pela cama. Seus rostinhos estão pintados de várias cores e as bocas vermelhas pintadas por um batom que vai do queixo até o nariz. Elas nos olham e sorriem ao falar quase em uníssono.

— Papai, estamos lindas igual a mamãe? — Ainda balançam os cabelos que estão duros por algum produto que passaram.

Estamos os três sem reação, enquanto as duas nos olham com olhinhos brilhantes esperando por uma resposta.

A tentação mora ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora