Tinha certa dificuldade de abrir os olhos no momento. Estavam pesado e.. eu não queria abri-los. Estava bom mantê-los fechado.
Mas a imagem daquele homem não saía da minha mente.
Eu não via seus olhos e nem sua expressão, já que seu rosto estava completamente escuro. Ele estava sempre vem vestido e tinha um cabelo legal, que era bem colorido e relativamente grande na parte de trás.
Sua mão estava estendida em minha direção, mas eu não queria segui-lo. Quero ficar aqui, quieta em meu próprio mundo, já que, assim que abro os olhos, caio na real sobre minha situação.
Hoje era o dia da segunda parte do meu julgamento e, sinceramente, eu não queria que esse dia chegasse, já que indicava que a última fase estava se aproximando. Sabe se lá o que iriam falar ou o que ia acontecer comigo.
Entretanto, tive que abrir os olhos. A claridade da janela incomodava meus olhos, me fazendo arrepender-me de ter aberto eles.
Deitada em minha cama, eu olhava para o teto. O que iria acontecer hoje nessa segunda parte do julgamento? Eu não estava preparada, mesmo que fosse ficar bem aqui.
Sentia meu corpo pesado e assim que olhei para o lado, vi os mesmos remédios que estavam presentes em cima da mesinha de cabeceira todos os dias. Eu não os tomava e eles já sabiam disso, por que ainda insistiam?
Mesmo não querendo, me levantei, me espreguiçando. Hoje seria um daqueles dias bem melancólicos. Esses dias estavam ficando cada vez mais frequentes desde a primeira fase do meu julgamento na semana passada.
Saí do quarto e ao invés de ir para o refeitório, fui na direção daquela porta que me levou até aquela fonte no outro dia. Foi a primeira vez que vi Ran desde que acordei aqui.
Os seguranças não estavam parados na frente do meu quarto, o que era algo raro. Aproveitei que quase ninguém estava prestando atenção no que eu estava fazendo e fui caminhando calmamente até onde me lembrava que era aquela porta.
Os corredores desse hospital eram um idêntico ao outro, então se perder aqui dentro era muito fácil. Quando achei a porta e a forcei para abri-la, consegui ver aquela mesma fonte e aquela mesma paisagem daquele outro dia.
Inspirei fundo, sentindo o cheiro de grama e terra. Choveu essa noite?
No céu não havia nenhuma nuvem e o sol brilhava forte, começando a incomodar levemente minha pele. Olhei para meus braços, vendo minhas diversas tatuagens. Elas não eram tão feias quanto eu achava no primeiro dia que acordei aqui.
Avançando, toquei na água da fonte. Ela estava fria. Bem fria.
Dando a volta por ela, vi uma espécie de portão de ferro ali, o que me deixou curiosa para saber o que tinha do outro lado. Não havia cadeado e nem nada do tipo, então avancei.
O abri com cautela e avancei naquele corredor cercado por arbustos altos muito bem aparados. Caminhei vagarosamente até que cheguei em uma espécie de jardim, onde haviam diversas flores plantadas ali. Me aproximei para vê-las.
As rosas não tinham espinhos e as tulipas pareciam estar morrendo, mas diferente delas, os lírios brancos estavam muito bem cuidados e bonitos. Dava gosto de observa-los.
Me aproximei para cheira-los, mas um sentimento de nostalgia e déjà vu me invadiram assim que senti o doce cheiro dos lírios.
Mas, de repente, um dor aguda me atingiu.
Minha cabeça começou a latejar levemente, me fazendo levar as mãos até a mesma e resmungar baixinho pela dor repentina. Fechei os olhos, tentando ver se a dor se aliviava, mas quando os abri de novo, estava tudo ficando embaçado.
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𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐗; Ran Haitani
Fanfic╼ 🥀 𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐗; Ran Haitani. ❝ 𝐀pós acordar em um hospital psiquiátrico sem memória alguma, "X" se encontra envolvida em um julgamento pelo assassinato de seu suposto namorado, Rindou, de quem ela não tem lembranças. Resgatada po...