A escuridão da madrugada envolvia o quarto, tornando cada som amplificado, cada suspiro mais pesado.
O silêncio parecia gritar em meus ouvidos, um lembrete constante de que eu estava acordada enquanto deveria estar dormindo. Mas, por mais que tentasse, o sono me escapava, como se minha mente se recusasse a desligar, a ceder à escuridão.
Levantei-me da cama com cuidado, tentando não fazer barulho, mesmo sabendo que Ran dormia profundamente ao meu lado.
Seus olhos fechados e a respiração lenta eram um contraste gritante com a agitação que eu sentia. Ele estava sem camisa, deitado de bruços no colchão. Suas costas definidas a mostra por não estarem cobertas pelo edredom.
Suspirei e caminhei descalça pelo chão frio até o banheiro, fechando a porta atrás de mim com um clique suave.
O espelho, grande e imponente, refletia uma imagem que eu mal reconhecia. Meus olhos estavam escurecidos por sombras profundas, as marcas da falta de sono, do constante estado de alerta.
Passei os dedos pelo meu rosto, como se o toque pudesse de alguma forma me reconectar com a pessoa que eu era, ou pelo menos com a pessoa que eu achava que deveria ser.
Cada detalhe da imagem refletida parecia um enigma. A linha do maxilar, o contorno dos lábios, o formato dos olhos, tudo me parecia ao mesmo tempo familiar e estranho, como se eu estivesse olhando para uma versão distorcida de mim mesma.
Meus dedos deslizaram pelo contorno da tatuagem em meu braço, um símbolo que eu ainda não conseguia compreender totalmente. Era parte de mim, mas ao mesmo tempo um mistério que eu precisava desvendar.
Ran sabia mais sobre mim do que eu mesma sabia, e isso me perturbava. Ele falava sobre um passado que eu não conseguia lembrar, mencionava momentos e características que não se alinhavam com quem eu acreditava ser agora.
Suspirei, deixando as mãos caírem para os lados, os braços pesados com o peso das dúvidas. O que eu estava procurando? Respostas que o espelho não poderia me dar, segredos que estavam enterrados sob camadas de memória perdida e distorcida.
Talvez fosse o medo do desconhecido, ou talvez fosse a necessidade desesperada de controlar algo em minha vida.
Voltei para o quarto, fechando a porta do banheiro com o mesmo cuidado de antes. Deitei-me na cama, tentando não fazer barulho, mas assim que meu corpo tocou o colchão, senti o movimento de Ran ao meu lado. Ele não estava tão profundamente adormecido quanto eu havia pensado.
𑁋 Por que você está acordada? 𑁋 sua voz soou baixa, ainda carregada pelo sono.
Por um momento, fiquei em silêncio, sem saber exatamente como responder.
𑁋 Eu não conseguia dormir 𑁋 admiti finalmente, a verdade saindo em um sussurro.
Ran virou-se para me olhar, seus olhos brilhando levemente na penumbra do quarto.
𑁋 Algo te incomodando?
A pergunta pairou no ar, carregada de preocupação genuína. Eu poderia simplesmente dizer que não, que era só insônia, mas havia algo mais profundo me incomodando, algo que eu não conseguia ignorar.
𑁋 É só que.. às vezes eu sinto que estou presa em uma vida que não é minha 𑁋 confessei, as palavras saindo antes que eu pudesse realmente pensar nelas 𑁋 Olho no espelho e não reconheço quem eu sou. É como se eu fosse uma estranha para mim mesma.
Ele permaneceu em silêncio por alguns segundos, seus olhos ainda fixos nos meus.
𑁋 Eu entendo 𑁋 ele disse finalmente 𑁋 Mas você não está sozinha nisso. Eu estou aqui com você.
Eu sabia que ele estava tentando me confortar, mas suas palavras também me lembravam do abismo que havia entre nós. Ele sabia mais sobre mim do que eu sabia sobre mim mesma, e isso criava uma distância que eu não conseguia superar.
Ele se aproximou, me beijando lentamente. Sua mão grande e pesada passando pela minha coxa até minha cintura, onde ele apertou.
Puxando-me para perto de si, minha mão foi para suas costas, onde sentia com clareza seus músculos. Minhas unhas começaram a passar por lá lentamente, querendo mais contato com ele.
Ran de repente separou do beijo e se levantou, ficando de joelhos na cama. Quando fui questiona-lo, ele segurou em meus tornozelos e me puxou rapidamente para perto de si.
Senti meu coração acelerar quando ele se abaixou para começar a beijar meu pescoço, causando-me arrepios e fazendo a umidade entre minhas pernas crescer mais e mais. Suas mãos pesadas passavam pela curva da minha cintura, descendo até minhas coxas.
Suas mãos levantaram minha camisola e senti seus beijos descendo pelo meu corpo, me arrepiando por completo. Quando o senti rasgar minha calcinha e em seguida dar uma risada baixa pelo quão molhada eu estava, ele me olhou.
Seus olhos fitando os meus conforme ele ia se aproximando cada vez mais da minha intimidade molhada. Quando sua língua entrou em contato com meu clitóris inchado, o sugando, arqueei minhas costas, soltando um suspiro alto.
Hora ele sugava meu clitóris, hora dava beijos nele, me fazendo arrepiar cada vez mais. Sua língua começou a alisar minha fenda pulsante, me fazendo gemer baixinho quando começou a penetrar sua língua.
Meus olhos de reviravam de prazer e quando eu olhava para ele, via seus olhos violeta me assistindo. Minhas coxas apertaram seu rosto e minhas mãos agarraram o lençol da cama com cada fisgada prazerosa que eu sentia.
De repente ele parou, me fazendo gemer frustada e olhar para ele. Quando fui protestar, ele me deu um tapa na lateral da coxa e me virou de bruços na cama numa facilidade que me impressionou.
𑁋 Empina essa bunda gostosa para mim, boneca 𑁋 desferiu mais um tapa em minha coxa.
O obedeci, me apoiando em meus cotovelos enquanto afastava minhas pernas. Aproveitei para tirar o restante da minha camisola, me assustando um pouco quando ele segurou nos cabelos da minha nuca de uma forma tão bruta.
Tão gostoso.
𑁋 Eu quero ouvir você gemendo meu nome, está me entendendo? 𑁋 disse rente ao meu ouvido.
𑁋 Sim, senhor..
Pude jurar que ouvi ele dar uma risada baixa antes que eu pudesse senti-lo pincelar minha entrada com a glande de seu pau. Eu estava ansiosa, queria que ele me fodesse logo.
Seu pau me penetrou lentamente, fazendo-me sentir cada fibra existente dentro de mim se esticar para acomoda-lo lá dentro. A sensação de seu pau me preenchendo completamente era tão gostosa que eu sentia que pudesse gozar apenas de tê-lo parado dentro de mim.
Entretanto, seus movimentos bruscos começaram. Seu quadril batia violentamente contra o meu e eu não controlava mais os sons obscenos que saíam da minha boca.
Gemia sem pudor nenhum, sentindo sua movimentação rápida e forte dentro de mim. Estava delirando, o colo do meu útero sendo acertado pelo seu pau grande.
Apenas voltei a realidade quando sua mão livre começou a estapear minha bunda, me obrigando a gemer seu nome. Da forma mais manhosa e erótica possível, comecei a gemer seu nome, implorando pelo seu pau.
Deus, isso é tão gostoso.
Seu aperto em meu cabelo só me deixava mais excitada ainda e seus golpes tão fundos me faziam revirar os olhos, sentindo que meu orgasmo estava mais próximo do que eu desejava.
Conseguia sentir a brutalidade que seu quadril batia contra minha bunda, isso me fazia sorrir internamente.
Quando meu orgasmo chegou, eu arqueei minhas costas, gemendo alto e afundando meu rosto no travesseiro, sentindo espasmos violentos por todo meu corpo. Ran, entretanto, saiu de dentro de mim, virando-me de barriga para cima.
𑁋 Não pense que já acabou, boneca 𑁋 se colocou em cima de mim 𑁋 Ainda não matamos completamente as saudades..
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𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐗; Ran Haitani
أدب الهواة╼ 🥀 𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐗; Ran Haitani. ❝ 𝐀pós acordar em um hospital psiquiátrico sem memória alguma, "X" se encontra envolvida em um julgamento pelo assassinato de seu suposto namorado, Rindou, de quem ela não tem lembranças. Resgatada po...