~ traumas. ~

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[Flashback]

(Pov's) Hinata Shoyo...

Eu ando de bicicleta por ruas frias a caminho de casa, apenas com um sol tímido beijando meu rosto.
Eu estou feliz por mais um ano, já que
estou no 8° ano agora, me faltando apenas alguns meses pra fazer 14 anos e eu tô muito animado.
Eu estudo aqui a um tempo, e tinha alguns colegas, mas infelizmente eles saíram do colégio.
Então... vou fazer outras amizades.

Chegando na escola, eu procuro a minha sala, escolho uma cadeira e sento na mesma.
Eu sou muito apaixonado por vôlei, mas essa escola tem apenas 1 quadra e o time feminino o ocupou, além dos meninos não se interessarem por vôlei.
Então... eu só vou me esforçar, ainda é começo de ano e... próximo ano também podem chegar novos alunos que se interessem por vôlei.

No intervalo, comi e fui pro lado de fora, peguei a bola de vôlei que trouxe comigo em minha bolsa e começei a praticar o toque.
Quando eu ouvi alguns passos vindo em minha direção.

- ei. - uma voz presunçosa me chama. -

- hum? - me viro para o lado e vejo uma figura, aparentemente do meu tamanho e cabelos brancos com olhos verdes bem claros. -

- pratique comigo. - ele diz e eu logo sorrio por saber que tem uma que gosta deste esporte. -

Eu jogo a bola pra ele e ele joga a mesma pra mim novamente, e assim treinamos movimentos básicos por um bom tempo.
Assim que tocou o sinal eu pego a bola e o menino sai andando, como se nada tivesse acontecido.

- ei! Espere! - eu falo ando até o garoto. -

- qual o seu nome? - ele olha pra mim e logo responde. -

- Korai... Korai Hoshiumi. - ele fala e eu sorrio. -

- prazer Hoshiumi! Eu sou o Hinata Shoyo. - eu falo e ele anda. -

- a gente pode praticar mais vezes sabia? - eu digo andando e ficando na frente dele. -

- talvez. - ele diz e eu sorrio. -

Eu volto pra minha sala e mal consigo prestar atenção na aula de ansiedade, eu fiz um amigo! E ele também gosta de vôlei, isso é ótimo.

Ah... e daí que ele é calado? É normal ser mais fechado com quem não conhece.
Mas eu não sou assim.
Eu gosto de ser amigável e falante, minha mãe sempre me elogiou por isso, e faz parte de mim ser assim, eu gosto de ser assim.

Eu acredito que tudo que me afeta ou irá me afetar vai passar, é só um acontecimento, não pode afetar minha vida pra sempre.
Igual o ursinho que minha mãe fez pra mim quando eu ainda era um bebê.
Dentro tinha uma caixinha de voz e a sua voz calma me dizia.
"Lembre-se de que tudo passa... tudo passa..."
Eu te amo mãe.

O sinal tocou e eu fui para a cantina, comprei minha comida e sentei em uma das mesas, eu não via o Hoshiumi, então fiquei quietinho comendo lá na mesa.
Até que meus olhos batem em uma pessoa bem distante de onde eu estava, era o Korai, achei ele.

Peguei a bandeja da minha comida e me dirigi até o garoto, que estava sentado na mesa sozinho, por que não fazer companhia? Até porque somos amigos.

- oii Korai! - digo me sentando. -

- o que faz aqui shoyo? - ele me pergunta levanto macarrão até a boca. -

- ué, vindo te fazer companhia, aliás somos amigos não? - falo levanto um bolinho de carne até a boca. -

- não. - ele diz e eu estremeço, não esperava por essa resposta. -

- ent-... - ele me interrompe. -

O meu medo de perder você.Onde histórias criam vida. Descubra agora