17. Mentiras

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TAEHYUNG

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TAEHYUNG

"O que foi aquilo?" Foi a primeira pergunta que fiz após voltar e fechar a porta atrás de mim; havia acabado de acompanhar Irene até o carro onde seu motorista a aguardava para levá-la até sua casa.

"Aquilo o quê?" Nahee perguntou com impaciência. Tinha acabado de sair do banho e, agora, já com o seu pijama de estampa de morangos, arrumava sua cama para dormir.

"Aquele surto que você teve." Expliquei, passando diversas vezes pela porta da varanda para colocar todas as almofadas para dentro. "Você não conseguiu responder uma pergunta sequer e, de repente, quase morreu." Disse, fazendo referência ao ataque recente de Nahee.

Quando Irene lhe fez a milésima pergunta sobre o Pequeno Príncipe, internamente torci para que Nahee respondesse logo para que aquele assunto irritante chegasse ao fim. E ela, de fato, conseguiu finalizar aquele papo, mas foi além, muito além: ela havia conseguido acabar com o jantar. Do nada, ficou vermelha e se engasgou, tossindo desenfreadamente, deixando tanto a mim quanto a Irene preocupados quando sua pele passou por diversas tonalidades chegando – perturbadoramente – ao roxo. Somente quando ela conseguiu respirar sem mais dificuldades e beber um copo d'água foi que conseguimos relaxar, mas a noite já havia sido arruinada.

"Só me engasguei." Ela disse, encolhendo os ombros e se enfiando embaixo das cobertas.

"Isso eu percebi!" Exclamei irritado, entrando com os pratos e colocando-os na pia.

"Boa noite." A ouvi, e ela se virou para o lado.

Parei com o que estava fazendo para olhá-la.

"Você tá brava?" Perguntei, mas não obtive resposta. "Você não deveria estar brava, você sabia que cedo ou tarde eu a traria aqui. Eu te disse isso."

A ouvi bufar.

"Não estou brava..."

Estalei a língua, tentando me lembrar do momento em que poderia ter dito ou feito algo que a chateasse. Poderia ter sido o engasgo um sinal?

"Ah, não me diga que ficou chateada porque disse que o Pequeno Príncipe foi um idiota por decidir morrer?" Perguntei, apoiando uma mão sobre o mármore da pia e a outra na cintura. "Nem li aquele livro direito, só quis fazer um comentário qualquer para a Irene parar de falar sobre aquela chatice... Vai dizer que você também gosta dessas historinhas para iludidas?" Disse o último com tom de deboche.

"Aish, já chega!" Nahee gritou, finalmente esboçando uma reação que não fosse apática, logo, em um rápido movimento, jogou uma de suas almofadas com força em minha direção; desviei a tempo. A almofada caiu com um som seco atrás de mim. "Vai logo dormir!"

Hum. Estressada. Certeza que está chateada por causa do Pequeno Príncipe.

Terminando de trazer as coisas para dentro, decidi que só lavaria a louça no dia seguinte. Ao fechar a porta da varanda, me sobressaltei ao ouvir a voz de Nahee novamente – achei que já tivesse dormido.

Kiss me, MorsOnde histórias criam vida. Descubra agora