Um beijo da morte, uma viagem de sete dias ao passado, e um contrato que não poderia envolver amor ou ódio; a receita perfeita para um desastre.
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Disclaimerzinho:
A ideia para escrever essa fic surgiu após assistir o incrível dorama j...
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NAHEE
"Mais café?!" Foi a exclamação incrédula que escorregou de meus lábios sem que pudesse controlar. Jungkook apenas ergueu os olhos lentamente da tela do computador a sua frente, uma de suas sobrancelhas erguida; era como se questionasse se eu havia mesmo lhe feito aquela pergunta. Mordi minhas bochechas internamente, dando meia volta para entrar novamente naquele elevador pela quinta vez somente naquele dia.
Respirei fundo.
Era o primeiro dia de trabalho e eu já morria de saudades de Yeri e das entregas noturnas.
Comecei o dia animada – afinal, essa era a primeira vez em minha vida que tinha a oportunidade de trabalhar em uma companhia tão grande, entretanto, quando me deparei com o prédio em que passaria a maior parte de meu dia, senti um leve frio na barriga que piorou assim que entramos.
O gigantesco edifício de vidros espelhados erguia-se diante de nós com um elegante letreiro metalizado escrito 'Bae Shidae'. Taehyung ajeitou sua gravata, passando pela porta giratória da entrada como se fosse algo que fizesse parte de sua rotina; aquele era seu habitat natural, onde a energia de poder e riqueza fluíam involuntariamente. O modo como se vestia não era diferente da época em que trabalhava como host, mas sua aura era. Como ele conseguia isso?
Fiquei quase sem ar assim que pisamos no saguão de entrada. A suntuosidade do lugar havia ido muito além do que minha fértil imaginação conseguiria chegar. O piso, com desenhos geométricos em preto e branco que formavam uma grande mandala, brilhava de tal forma que eu podia ver minha silhueta refletida nele. Na extremidade do saguão, um balcão de informações com algumas secretárias trabalhando na identificação das pessoas que entravam e saíam de três elevadores panorâmicos que levavam os empresários aos seus respectivos escritórios em um dos vinte e cinco andares acima. Falando nisso, do saguão era possível ver as pessoas caminhando pelos corredores de todos os andares, já que as paredes eram feitas de vidro. Já lá no alto, havia uma claraboia que iluminava todos os níveis com a luz natural.
Respirei fundo, me preparando para encarar meu primeiro dia. Eu ficaria no vigésimo andar, já Taehyung, no décimo quarto.
Já disse que o elevador era panorâmico? Era a primeira vez que entrava em um, mas não havia chegado nem na metade do dia e já tinha enjoado dele.
Tudo graças a Jungkook. Perdi a conta de quantas vezes havia subido e descido este prédio hoje.
E lá ia eu novamente, pegar mais um copo de café para o Sr. Exigente. E, não, eu não estava indo à cafeteria disponível dentro do próprio prédio, mas sim no Starbucks ao lado porque o Sr. Exigente era fresco demais para aceitar um café mais simples. Ele precisava de um com caramelo salgado e chantili.
Com o café em mãos, esperava o elevador, quando um som similar a de um sino anunciou sua chegada, ergui meus olhos, esperando que as pessoas saíssem dali para que pudesse entrar e, logo, um cheiro mais do que familiar invadiu minhas narinas e fez minhas pupilas dilatarem; o perfume de Kim Taehyung. Era impossível não reconhecê-lo. Não demorou muito para que ele aparecesse, um dos últimos a sair do claustrofóbico ascensor. Demorou para notar minha presença ali, mas quando o fez, sorriu. Meu coração pulou uma batida.
