12. Irmã

82 15 30
                                    


NAHEE

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

NAHEE

Voltar no tempo, além de me proporcionar uma dor física indescritível – afinal, eu literalmente morria – também me fazia ter de enfrentar novamente toda uma semana que eu já havia superado. Infelizmente, exatamente nesta semana, eu voltara a viver o terror de estar sendo perseguida por aquele estranho de cabelos tingidos de vinho.

Tamborilava meus dedos sobre a mesa de meu trabalho enquanto olhava – com o queixo apoiado sobre a outra mão – a BMW negra estacionada na rua à frente. Eu poderia ligar para a polícia, já que sabia que minha casa em algumas horas seria invadida, mas como explicar isso? Tampouco queria voltar ao host club em que Taehyung trabalhava simplesmente porque... Porque eu não queria passar por aquela humilhação novamente.

O jeito seria chegar em casa antes daquele suspeito e me preparar para chamar a polícia. Talvez eu poderia me esconder na casa da Sra. Kwon e, quando ouvisse algo em meu apartamento, era só discar para o número de emergência. Ridículo.

Dessa vez consegui sair um pouco mais cedo do trabalho; onze horas. Yeri disse que poderia fazer a última entrega para mim. Imagino que vá querer algo em troca depois.

Ao atravessar a praça, notei que estava tão deserta quanto da última vez, entretanto, não ouvi os passos que já me davam calafrios só de imaginá-los. Olhei para trás, somente a luz de um dos postes piscou como se me cumprimentasse. Segui meu caminho, suspirando de alívio. Provavelmente o cabelo de vinho me perdeu de vista antes que pudesse me ver saindo de meu trabalho.

Quando me preparava para atravessar a rua em direção ao ponto de ônibus, me dei conta de que havia cantado vitória cedo demais. Atrás de mim, pude ouvir passos apressados, sendo que até então não havia ninguém naquela praça a não ser eu mesma. Parei na calçada, balançando meu corpo para frente e para trás enquanto cruzava meus dedos e torcia para que o sinal abrisse e eu pudesse atravessar logo a rua. Tive vontade de atravessar ainda com o tráfego de carros em movimento, mas seria meio irônico a garota que mata com um beijo morrer em um desafortunado atropelamento. Também não tinha coragem de olhar para trás. Sabia que entraria em pânico quando o visse ali a uma mínima distância de mim.

Pela visão periférica, vi que parou ao meu lado, olhando de um lado a outro da rua. Segurei minha respiração e engoli em seco. Estranho. A impressão que eu tinha era a de que ele não estava se importando com a minha presença. O que estava acontecendo? Por um milagre ele não havia me reconhecido?

Finalmente ousei virar um pouco a cabeça para olhá-lo melhor, porém o fiz bem vagarosamente, com medo de encontrá-lo me encarando.

Ou eu havia me enganado, ou minha mente estava pregando peças. O cabelo de vinho agora estava com o cabelo negro, usava um sobretudo preto e carregava algo sobre suas costas; um violão, aparentemente. Espera...

"Min Yoongi...?" Eu murmurei, incerta de que era ele mesmo. Quando ele se virou e pude confirmar que, de fato, era ele, deixei o ar que estava preso em meus pulmões escapar; como se ele também não fosse um estranho para mim.

Kiss me, MorsOnde histórias criam vida. Descubra agora