14. Ausência

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NAHEE

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NAHEE

Era meu dia de folga, acordei pela manhã com uma cópia da chave do apartamento de Taehyung em frente à minha porta junto de um bilhete pedindo que eu aguardasse sua chegada lá com o pretexto de 'preciso da sua ajuda urgentemente'.

E lá estava eu. Resignada, subi as escadas de seu prédio pensando incessantemente o tanto de coisas que eu poderia estar fazendo agora caso ele não tivesse me importunado; regando as plantas, fazendo compras no supermercado, lendo um livro, ajudando a Sra. Kwon a cuidar do jardim, assistindo a um dorama, ou até mesmo deitada no carpete olhando para o teto despreocupadamente. Mas não. Aparentemente o fim do mundo se aproximava e Taehyung precisava de mim. Eu o mataria se o caso não fosse realmente urgente.

Ao chegar no último lance de escadas, encontrei uma sombra recostada ao lado de sua porta; a má iluminação do corredor não me ajudou a identificá-la. Cautelosamente, subi os degraus finais, meus olhos fixos na figura enigmática que se mantinha cabisbaixa. Quando finalmente notou minha presença ali, seus olhos encontraram os meus e, se não fosse por sua expressão gentil e doce, eu não a teria reconhecido.

A mãe de Taehyung tinha um sorriso genuíno no rosto, mas devido a sua frágil figura, parecia que a qualquer momento poderia desmoronar. Ela estava infinitamente mais magra desde a última vez que eu a havia visto – também ali no apartamento de Taehyung – sua pele pálida, seus olhos fundos e sem brilho algum; não havia vida.

"Ah, você é aquela amiga de Taehyung, não é? Nahee...?" Ela perguntou, o sorriso débil ainda decorando seu rosto enquanto ela falava gentilmente comigo.

Apenas afirmei positivamente com a cabeça; ainda estava sobressaltada com a imagem quase fantasmagórica que tinha à minha frente. O que havia lhe acontecido?

"Você continua tão bonita quanto da primeira vez que te vi." Ela me elogiou, seu sorriso se alargando. Agradeci-lhe com um pequeno aceno nervosamente. "Eu vim visitá-lo, mas aparentemente ele não está em casa e... pelo visto também trocou a fechadura... Então decidi esperar por ele aqui."

Seus lábios se curvaram em um sorriso novamente após sua explicação, parecendo nervosa ao colocar uma mecha de cabelo atrás da orelha, e só então notei que ela sorria não por estar feliz, tampouco por ser uma pessoa extremamente positiva. Na verdade, tudo aquilo era uma máscara para esconder o que realmente tinha por trás, mas seus olhos não mentiam; ela se encontrava miseravelmente triste.

Respirei fundo, não sabendo bem se o que faria a seguir seria o certo ou não.

"Eu... estou com a chave do apartamento dele." Eu lhe disse, retirando a cópia que trazia em minha bolsa para lhe mostrar. "Se quiser, pode entrar comigo e aguardar por ele lá dentro."

Seu rosto se iluminou, mas por uma fração de segundo pareceu confusa; provavelmente por não entender o motivo de eu ter uma chave do apartamento de seu filho.

Kiss me, MorsOnde histórias criam vida. Descubra agora