NAHEE
Assim que saí do carro e vi Taehyung, primeiramente, fiquei surpresa; não esperava vê-lo tão cedo novamente, apesar de ansiar por isso, já que durante todo o dia eu não tinha conseguido desviar meus pensamentos dele e de sua mãe. Minha segunda reação, então, foi de apreensão ao notar a expressão não muito amigável que ele carregava em seu rosto. Lembrando-me da noite na casa de Irene e da dor de cabeça que ele me causou, internamente desejei que ele não visse o meu acompanhante que, por algum motivo ainda não tinha ido embora, o que me fez indagar se ele não estava propositalmente aguardando que Taehyung o visse.
Voltar para casa com Jungkook não estava em meus planos, na verdade, essa ideia não existia nem em meus mais bizarros sonhos. Neste mesmo dia, antes de voltarmos ao passado, lembro-me de sair do trabalho e ir tomar um café com Taehyung antes de recebermos a trágica notícia da morte de sua mãe. Entretanto, dessa vez, estranhamente, um carro negro estava estacionado na frente do Night Delivery Service, e quando saí, fui surpreendida por Jungkook, que se retirou do carro e se apoiou sobre a porta fechada assim que me viu passar pela saída. Pelo canto dos olhos, vi Yeri se espichar por detrás do balcão para ver quem era com curiosidade.
Parei na porta, engolindo em seco. Não entendia o motivo de sua presença ali. Prendi a respiração quando ele acenou para mim, um cumprimento casual, como se tivéssemos nos encontrado ali por acaso. Devolvi o aceno, ajeitando a bolsa sobre meu ombro e aproveitando para me virar e ir embora, afinal, já tinha sido educada o suficiente ao cumprimentá-lo.
"Vai para casa?" Sua voz interrompeu minha oportunidade de fuga. Ao me virar, o encontrei com as mãos já nos bolsos, esperando uma resposta minha com um sorriso contido no rosto.
"Hã... Sim." Respondi, hesitante, mexendo nervosamente na barra de meu casaco.
"Então, vamos." Ele declarou, se afastando do carro e abrindo a porta para que eu pudesse entrar.
"Não precisa se incomodar." Eu lhe disse, sacudindo minhas mãos na frente de meu corpo para lhe negar a oferta. Cada vez ficava mais óbvio que sua presença ali não era um mero acaso. "Costumo ir de ônibus, não é muito longe."
A passos rápidos, ele se aproximou de mim, meus olhos se arregalaram, e, então, segurou meu pulso com firmeza para me puxar em direção ao carro. Não havia ignorância em seus movimentos, mas era assertivo e direto.
"Pare de fazer cerimônia." Jungkook insistiu, me empurrando levemente para dentro do carro, e eu, em estado de estupor, quando me dei por mim já estava sentada sobre o banco de couro macio. Jungkook fechou a porta com cuidado, deu a volta no carro e logo já estava sentado ao meu lado no banco do motorista.
"Você... estava passando por aqui quando me viu por acaso?" Eu lhe perguntei, tentando me fazer de desentendida para ver qual desculpa ele inventaria.
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Kiss me, Mors
FantasyUm beijo da morte, uma viagem de sete dias ao passado, e um contrato que não poderia envolver amor ou ódio; a receita perfeita para um desastre. ~~~~~~~~~~~~~~ Disclaimerzinho: A ideia para escrever essa fic surgiu após assistir o incrível dorama j...