Um beijo da morte, uma viagem de sete dias ao passado, e um contrato que não poderia envolver amor ou ódio; a receita perfeita para um desastre.
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Disclaimerzinho:
A ideia para escrever essa fic surgiu após assistir o incrível dorama j...
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NAHEE
Orgulho da minha decisão sempre tão incerta. Só que não.
Na verdade, me surpreendo cada vez mais com a minha capacidade de enganar a mim mesma. Acho que esse não deve ser um traço muito comum nas pessoas.
Entretanto, em minha defesa, devo salientar que a quebra do 'não', desta vez, foi por um motivo nobre, ou melhor, por uma pessoa: a mãe de Taehyung. Ou será que estava me enganando novamente?
Na terça-feira, após aquele domingo em que fui obrigada a dormir com Taehyung ainda resmungando em meu ouvido, preparava um chá para tomar antes de ir ao trabalho, quando a campainha tocou. Não podia ser Taehyung, já que ele tinha a chave de casa e, além disso, não voltaria tão cedo, já que havia ido encontrar Irene. Devo acrescentar que ele não estava falando direito comigo, mas continuava a reclamar; inclusive, antes de sair de casa para encontrá-la salientou – rosnando – que agora teria que inventar um motivo plausível para explicar à Irene o motivo de não ter aceitado a vaga em sua empresa para querer continuar trabalhando como entregadora.
Então, fui até a porta, curiosa para saber quem seria o visitante.
Sa-Yeon estava de pé do lado de fora, ao me ver, arregalou os olhos, fiz o mesmo. Jamais esperei vê-la ali em minha casa, mas, além disso, ainda estava em choque, pois essa era a primeira vez que a via depois de sua 'morte'. Sua aparência estava muito mais saudável e jovial, parecia até mesmo outra pessoa. Inevitavelmente, sorri.
"Desculpe! Não sabia que a encontraria aqui!" Ela exclamou, sua expressão era um misto de alegria e confusão. "Fui levar algumas coisas que comprei no mercado para Taehyung," ela apontou para uma sacola pendurada em sua mão, "mas lá me disseram que o apartamento estava vazio e que ele havia solicitado que sua correspondência fosse entregue em um novo endereço... Foi assim que vim parar aqui." Ela terminou sua explicação com um sorriso quase constrangido.
"Ah, sim. Estamos morando juntos agora." Lhe expliquei sem medir minhas palavras.
Quando o sorriso da mãe de Taehyung aumentou e seus olhos brilharam, percebi que havia falado besteira.
"Vocês estão...?" Ela começou, esperançosa.
"Não, não!" A interrompi, sacudindo as mãos freneticamente à minha frente. "Somos amigos, só decidimos dividir o aluguel." Engoli em seco. Como odiava Taehyung por me fazer passar por uma situação constrangedora como essa... O rosto de Sa-Yeon se apagou um pouco e, querendo cessar logo este assunto, a convidei para entrar.
"Omo! Tão diferente do outro..." Ela suspirou surpresa logo que entrou, olhando tudo à sua volta, contemplando desde os móveis às cortinas que pendiam sobre as janelas. A comparação de minha casa com a de Taehyung era inevitável. "Acho que ter se mudado para cá acabou fazendo bem ao Tae..." Ela murmurou, parecendo desorientada e desconfortável enquanto mexia os dedos nervosamente na sacola de compras; não sabia onde colocá-las.
