4. Carma

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31 de outubro novamente

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31 de outubro novamente.

Assim que coloquei meus pés no Narciso, a primeira coisa que fiz foi me certificar de que a 10 bilhões estivesse lá e, nossa, que surpresa – note o sarcasmo – ela estava.

Caminhei até o banheiro, mas antes que pudesse entrar, J-Hope já estava saindo de lá fazendo um sinal de positivo.

"Tudo tranquilo." Ele sorriu, caminhando em minha direção. "Já verifiquei o banheiro; não tem ninguém. Ah, e também já falei com o chefe para nos colocar naquela mesa, como você pediu." Ele finalizou apontando para a mesa da 10 bilhões.

"Ótimo." Eu lhe respondi, devolvendo o sorriso enquanto lhe apertava a mão. "Então vamos lá."

Dessa vez eu estava mais do que preparado, tinha J-Hope ao meu lado, e lhe pedir ajuda tinha sido a melhor coisa que fiz, afinal, metade de meus problemas já tinham sido resolvidos esta noite, só teria de ficar de olho caso a louca do beijo aparecesse.

"Boa noite!" Eu exclamei assim que me aproximei da mesa, fazendo uma pequena reverência diante das meninas.

"Esse é gato!" Wendy gritou – novamente – ao me ver.

"Prazer em conhecê-las, meu nome é V." Eu lhes mostrei brevemente meu cartão de visitas – pela fucking segunda vez – e fui logo me sentar ao lado dos meus 10 bilhões, também conhecida como Irene. J-Hope – como da última vez – também se apresentou e se posicionou na outra ponta do sofá.

"Seria melhor se sentar do outro lado." Irene sussurrou. Eu sorri discretamente.

"Poderia." Eu lhe lancei um rápido olhar. "Mas por algum motivo sinto que meu lugar hoje é aqui." Ela revirou os olhos ao ouvir minhas palavras, mas não conseguiu esconder o leve rubor em suas bochechas. Ponto para mim. "Vocês se importam se pedirmos algumas bebidas?"

Todas concordaram, olhei então para J-Hope e lhe fiz um sinal indicando que fosse pegar as bebidas. Entendendo logo a mensagem, ele se levantou e correu para trazer o pedido. Continuei então a conversa, como da última vez, elas se apresentaram e disseram fazer parte do clube de tênis. Logo em seguida J-Hope chegou com os copos decorados para o Holloween.

Brindamos e, como da última vez, Irene não participou.

"É impressão minha ou..." Eu comecei a falar depois de tomar um gole da doce bebida, e a olhei. "Você não está muito a fim de comemorar hoje?"

"Não é da sua conta." Irene respondeu – ou melhor, sibilou – sem nem mesmo me olhar. Garota difícil, mas isso me deixava ainda mais interessado.

"Ainda que não seja da minha conta, vou dar um chute, ok?" Eu lhe disse, tomando mais um gole e lhe sorrindo, ela me olhou confusa. "Você não está aqui por vontade própria... Está aqui para fugir de algo ou alguém."

Kiss me, MorsOnde histórias criam vida. Descubra agora