Capítulo11- Onda do açúcar de melancia (H.S)

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Ao retornarmos para a sala, após nos despedirmos dos nossos amigos, Harry, todo feliz, me abraça e, com seus lindos olhos brilhando, me fala:

— Viu? Não foi fácil? Portanto, perca esse medo bobo! Meus amigos te adoram quando a conhecem, isso é fato! Não é só devido à sua beleza, mas pelo seu conteúdo! Beleza sem conteúdo é vazia, se perde, não convence ninguém!

Tive que concordar com Harry, já não era sem tempo de começar a me acostumar com esse novo mundo em que estou fazendo parte e relaxar, porque não tenho como evitar mais esses encontros.

Então, resolvemos nos aconchegar no sofá, tomando um bom vinho, jogando conversa fora.

— Hoje fiquei "puto da vida" na feira! Comenta, Harry.

— Nossa, por quê? O que aconteceu? Pergunto a ele.

— Na hora em que estava escolhendo os sapatos e vendo as mercadorias, percebi que uma moça estava gravando, mas quando pensei em falar algo, ela disfarçou. Eu não me sinto bem com isso, Ju. As pessoas deveriam respeitar mais a minha privacidade. Que, pelo menos, tenham um pouco de educação. Se me pedirem para fazer uma selfie, não negarei. Mas tentar fazer às escondidas? Pensam o que de mim, que não percebo?

— Entendo, mas, infelizmente, você não tem muito o que fazer! Tornou-se uma figura pública, as pessoas vão tentar, de alguma forma, registrar algo em relação a você. Meu único medo é com sua segurança, acho que você abusa!

— Meu amor, não me sinto à vontade com alguém grudado em mim vinte e quatro horas por dia! Já preciso andar com seguranças quando faço meus shows, ou então, quando vou a um programa na televisão ou em algum evento público. É arriscado não me utilizar desse tipo de situação, nessas horas. Agora, no meu dia a dia? Me sentiria controlado! Como viveria desse jeito? Explica Harry.

Ele, na Itália, se sente muito à vontade, apesar de não conseguir evitar as câmeras, que o seguem por todos os lados em que vá! Aqui na Itália, apesar disso, ele consegue ficar bem, dormir melhor, sem nenhum pesadelo que o faça levantar à noite, com medo. 

Na Inglaterra, ele passou por dois sustos com "stalkers". Harry teve pena de um rapaz que estava dormindo no frio, numa estação de ônibus perto de sua casa. A chuva estava  forte e era madrugada. Harry se ofereceu para ajudar, mal sabia que dali viriam consequências muito ruins. Esse rapaz acabou o atacando. Quase invadiu sua casa e Harry começou a dormir com a porta de seu quarto fechada. Nós ainda não estávamos juntos.

Depois que ficamos juntos no apartamento, enquanto sua casa recebia a reforma, ele sentiu-se mais seguro. Mas depois houve o problema da fã brasileira, que enviou 8.000 cartas e o perseguiu. Sofri, também, aquela "agressão" na qual meu carro foi pichado. Então, por aqui, estamos mais acolhidos e, mesmo com as câmeras o flagrando nos seus momentos privados, Harry e eu conseguimos ter um pouco de tranquilidade.

Para quebrar o clima, porque notei que isso o incomodou, senão nem teria comentado, falei em tom de brincadeira:

— Apesar que eu ficaria com medo de me aproximar de você, porque a cara que você faz, assusta demais!

— E que cara que eu faço? Eu, hein, é uma cara normal! Minha cara! Foi por ela que se apaixonou! Responde Harry.

— Ah, tá! Falou o senhor narcisista! É essa aqui! E mostrei uma foto dele, que salvei no meu celular. E completei:

— Já reparou como anda sério na rua? Acho super engraçado!

— Você também, mais do que eu! Fica aí, falando da minha cara! Reclama Harry, me mostrando a língua.

Eu, então, bato levemente no braço dele, que reclama:

— Hey! Doeu, que mão pesada! Me respeita, onde já se viu bater assim no marido?

Ao falar isso, vem para cima de mim e começa a fazer cócegas, me beliscar! Para eu me defender, saio debaixo dele, o empurrando e jogo uma almofada. Harry, então, pega a almofada e me bate com ela. Quando vimos, estávamos fazendo guerra com as almofadas, havíamos derrubado as taças de vinho no chão, que por sorte estavam vazias, senão manchariam o tapete.

Dávamos muitas gargalhadas! Eu às vezes gritava, porque Harry pegava pesado. Cansados, paramos e vimos a bagunça!

— Nossa, agora fiquei cansado, me faltou o ar! Jesus Cristo, que bagunça!

— Harry, vamos arrumar isso, porque a Giovanna ficará muito brava se amanhã encontrar a sala bagunçada desse jeito!

Arrumamos e subimos, mas Harry não parava de me beliscar e fazer cócegas! E eu gritando socorro, dando risada!

— Psiu! Sua doidinha! Quer acordar os vizinhos, os empregados? Cara, parece uma menina, às vezes! Diz Harry, ainda me segurando!

— Ah, eu pareço e você? Então consegui me desvencilhar dele, corri para o quarto e tranquei a porta, dando muita risada!

— Ah, não! Ju, não tem graça! Juliana, abra a porta! Olha, se eu te pegar, será pior! Ameaça Harry.

Então, tirei a roupa e vesti o roupão, resolvi dar mais um tempinho antes de abrir a porta, pois Harry batia nela e reclamava baixinho, implorando para eu abrir!

Quando eu abri, Harry estava de joelhos, o que me fez cair na risada!

— Harry, você não existe! Meu Deus, você é uma figura! Não parava de rir!

— É? Agora, você não me escapa! Fala Harry com um olhar malicioso!

Então, resolve me pegar no colo! Com um dos pés, empurra a porta que se fecha! Me coloca deitada na cama. Ao abrir meu roupão, começa a beijar parte por parte do meu corpo, me deixando toda arrepiada! Me puxa para perto dele e me dá um beijo repleto de desejo! Ao mordiscar o meu lábio inferior, volta a me beijar novamente!

— Oh, Harry! Ah, ah, ah! Falo baixinho! Suas mãos delicadas percorrem meu corpo! Era incrível como um simples toque dele me deixava louca!

Deslizo minhas mãos pelas costas dele! Harry sorri, todo arrepiado! Levo as duas mãos aos cabelos dele, acariciando-o. Ele estava de olhos fechados, desfrutando de tudo!
Nos entregamos àquelas carícias, sentindo um imenso prazer! Unir-me àquele corpo lindo, tornáva-me plena como mulher! Chegamos ao auge, após nos entregarmos como num balé bem sincronizado. Cansados, ficamos abraçados e ainda em êxtase pelo que havíamos vivido. Harry resolve falar e me faz cair na risada, pois amei o que ele disse:

— Estou pensando em escrever "Watermelon Sugar n.º2", pois o nosso momento de hoje é digno de receber uma homenagem! Acho que a brincadeira lá embaixo foi bem estimulante! Deveríamos fazer mais vezes, você não acha? Diz Harry, me olhando com aquele olhar safado que me arrepia!

— Harry, você definitivamente não presta, sabia? Mas adoro isso, não nego! E me aconcheguei mais a ele.

Terminamos a noite assim, abraçados e felizes, pois tivemos um dia incrível. Eu, muito orgulhosa por tudo dar certo no almoço e saber que havia feito novas amizades. Agora, os amigos de Harry eram meus amigos, também.

LOVE OF MY LIFE 2Onde histórias criam vida. Descubra agora