Um instante perfeito no tempo (hot)

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Draco pegou a varinha e transfigurou os colchonetes em uma cama espaçosa. Depois, fez um feitiço e apagou toda a luz de dentro da cabana. A escuridão tomou conta de tudo. 

Começou a beijá-la lentamente. 

- Acende a luz. Quero ver você direito! - ela reclamou, desabotoando a blusa.

Ele acendeu uma vela mágica de luz azul e a chama iluminou o interior da barraca fracamente, dando um ar misterioso e romântico.

Sentados na cama, beijaram-se lentamente, sem pressa. Foi como se o mundo tivesse parado de girar. Um instante perfeito no tempo. Experimentaram-se: línguas, lábios e pele. 

O desejo de ambos despertou forte, urgente, mas eles queriam ir devagar. Ficaram muito tempo apenas se beijando e explorando o corpo um do outro com as mãos. 

- Tenho que atender ao seu pedido... Você queria que eu te beijasse inteira, não queria? -sussurrou ele e, sem esperar por uma resposta, afastou-se dos lábios dela e beijou demoradamente o pescoço, os seios, a barriga e a virilha. Lambeu e mordiscou os mamilos delicadamente, sem machucar, mas causando arrepios violentos nela. Ela fechou os olhos e se entregou às sensações, fervendo de tanto tesão.  

Ele abriu as coxas dela de um jeito tão cuidadoso que ela poderia jurar que tinha aberto por conta própria. Encostou a ponta da língua na boceta e a provou. Lambeu cada vez mais fundo. Fazia muito tempo que tinha curiosidade em saber qual era o gosto dela: doce, suave e viciante. 

Aumentou um pouco a pressão da língua sobre o clitóris e lambeu por muito tempo até ficar tão inchado que ela começou a gemer bem baixinho, como se estivesse envergonhada do próprio prazer. Ele continuou e continuou até ela perder o controle, jogar a cabeça para trás e erguer mais os quadris contra a boca dele, alucinada com as sensações maravilhosas que tomaram conta dela enquanto o seu corpo ondulava na cama. O orgasmo foi indescritível. Ela não sabia que era capaz de se sentir tão bem.  

Quando parou de tremer, ele a amparou. Ela estava fraca e leve. 

Ele esperou ela recuperar o fôlego, sentou-se na cama e, olhando dentro dos olhos dela, propôs:

- Vamos parar? 

Ela mal conseguiu entender o que ele estava falando.

- Como assim parar???

- Granger, você sofreu um trauma muito grande. Pode ser que não queira, por um tempo, até se recuperar... Pode ser que no futuro queira fazer isso com um namorado, alguém que você ame... Eu não quero que você se arrependa... Antes você não tinha escolha, mas agora tem...

- Hermione! Meu nome é Hermione! O que eu sofri você sofreu igual: a humilhação, a injustiça... Eles vão pagar por tudo! Eu não quero e não vou repetir de novo que não tenho trauma nenhum relacionado a você, muito pelo contrário. Se não fosse por você eu estaria morta! Mas também não vou ficar implorando! Se você não me quiser, tem que dizer que não quer e não ficar inventando desculpas! - ela se irritou.

Ele ficou sem palavras.

- Pare de tentar adivinhar o que é melhor ou pior pra mim. O que você quer? Hein? Você quer parar, Draco? Você quer?!

- Não. 

Ela o beijou apaixonadamente. Ele correspondeu. Ela desceu a mão pelo peito dele, sentindo a pele quente, quase febril, sob a palma. Acariciou os braços, os ombros, os cabelos. Excitada, abriu os braços e as pernas e ele a olhou cheio de desejo. Deitou-se entre as coxas dela, apoiou os cotovelos no colchão e, lentamente, penetrou a boceta dela até preenchê-la completamente, deslizando até o fundo. Ela o sentiu por inteiro, em cada terminal nervoso da carne que o envolvia. 

Ele passou a se mover. Bem devagar a princípio, apoiando todo o peso do corpo nos braços. Ela o agarrou com as pernas, acompanhando-o com movimentos suaves dos quadris. Beijaram-se na boca, a língua dela enroscando-se na dele com fome, muita fome, a paixão os consumindo como uma droga potente.

Ela se remexia sob ele, cruzava mais e mais as pernas em sua cintura, trazia-o mais para dentro dela. Pareciam se fundir em um único corpo, colados e perdidos no arrebatamento que os consumia. 

Ele afastou os cachos bagunçados do rosto dela e fechou as mãos sobre os seios, acariciando-os. Os bicos arrepiados roçavam as palmas dele, enquanto aumentava a velocidade e a profundidade das estocadas. Era um efervescer louco dos sentidos, em um ápice de paixão. 

Ela estava toda suada e arfava. Ao mesmo tempo em que o pau ia e vinha dentro dela, cada vez mais rápido e mais fundo, ele continuava apalpando seus seios, como se estivesse devorando-a por inteiro. Movimentaram os quadris alucinadamente, em uníssono, até que a onda de gozo a envolveu novamente, ainda mais forte do que a primeira, e ela perdeu o pudor e a vergonha, gritando muito alto. Ele descontrolou-se também, gemendo roucamente até que ambos estivessem satisfeitos e exaustos.

Ele respirou fundo. Esperou um bom tempo por alguma palavra dela para quebrar o silêncio. Queria conversar, saber se ela estava realmente bem, se tinha gostado tanto quanto ele gostou, mas ela já estava dormindo profundamente. Resolveu aproveitar aquela que poderia ser a última noite de paz de sua vida e a puxou suavemente para mais perto, confortando-se, abraçado a ela, e dormiu também. 

Acordaram tarde no dia seguinte com os sons dos gritos de horror de Rony e o suspiro constrangedor de Harry.  Tinham esquecido de trancar a barraca.


O segredo da serpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora