_Isso é uma grande mentira, aquele demônio está mentindo. - Dizia Laura dentro da sala da delegada e para os policiais que presenciaram toda a confusão. - Ele mentiu.
_Laura, existem mais de cinco testemunhas incluindo o seu amigo psicólogo de que você bateu no seu filho, e só não bateu mais porque foi segurada. - A delegada usava um tom severo com Laura. - Sem falar que a senhora abandonou sua filha, esqueceu a menina dentro do carro, dirigindo bêbada levando a filha fugindo da polícia, a ponto de sofrer um acidente.
Laura põe as mãos na cabeça, ela chorava ainda mais sabendo dos riscos que fez sua filha passar.
_A assistente social Magnólia já nos contou que esta é a segunda vez que ela se depara com a senhora em um caso parecido. - A delegada continuava com seu tom de desprezo. - Sinto muito Laura, você vai perder a guarda de seus filhos, já que você não tem mais nenhum parente vivo eles vão para um lar de adoção, exceto o Joseph, este vai para detenção de menores infratores pelo assassinato do Luciano Luxemburgo e a senhora...bom, a senhora vai presa por abandono e agressão física contra seu filho.
Laura olhava para a delegada sem entender, parecia que tinha caído numa armadilha, olhava para os lados como se procurasse alguma ajuda, e o desespero tomou conta dela.
_O...que? Mas do do que você está falando....eu...não posso. - Laura levanta-se e os policiais já lhe seguram. - NÃO! Vocês não tem esse direito, não podem tirar meus filhos de mim...NÃO! Por favor, não façam isso.
A sala ficou pequena com os esforços de Laura para libertar-se dos policiais, ela gritava e até batia nas autoridades e isso só dificultava sua situação.
_A senhora não tem a menor condição de cuidar de seus filhos. - A delegada apontava para Laura e ficava atrás de um dos policiais. - Agora eu entendo o porque de seu filho mais velho ser um assassino e sua filha una menina tão traumatizada.
_CALADA! Sua vadia desgraçada. - Laura chutava a mesa da delegada. - Não fala isso dos meus filhos...Samael...ele é o culpado de tudo isso.
_Você é louca. - Diz a delegada. - Levem essa mulher para a cela.
_NÃO! - Laura foi levada a força para a cela. - SAMAEL...ele é o responsável por tudo isso. Eu juro.
Dentro da delegacia, longe de ser percebida, a psicóloga Anisia via toda lamentável cena de Laura, ela estava ali para colher qualquer informação.
_Eu acredito em você Laura, pode apostar. - Anisia pega seu inseparável celular e faz uma ligação. - Senhor? Estou aqui...e como suspeitado o menino é realmente o culpado.
Uma voz misteriosa vinha do outro lado da linha:
_E onde está o menino agora? - Pergunta a misteriosa voz grossa e suave.
_Sob nossos cuidados, senhor. - Responde Anisia.
_Ótimo...boa menina. - Era possível entender que a voz do outro lado da linha sorria. - Agora agilize tudo o mais rápido possível, estou com fome.
_Como quiser senhor. - Diz Anisia sorrindo. - Até breve.
A vida de Laura sempre foi de longe uma vida boa, invejável até, tinha uma mãe amável e gentil, um pai protetor e amigo, uma irmã adorada, se apaixonou por um bom homen que a amava sinceramente, teve seu primeiro filho do qual aprendeu outra forma de amar, um amor que só aumentava a cada dia que passava, o mesmo não aconteceu com Samael, mas ela lutava dia-a-dia para amar seu segundo filho, o defendia como qualquer outra mãe mesmo com a perda de seu outro filho, o gêmeo de Samael. Enfrentou a depressão pós parto, mesmo deixando sequelas profundas, adquiriu o seu TOC e lutou contra sua dependência química, mas voltou a amar com o nascimento da doce Clara, mas depois de tantas perdas ela desestabilizou-se psicologicamente, não se sentia mais tão centrada, ela sabia que estava enlouquecendo.
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Psicopatas Vol.4 - Pequeno Sam
Mystery / ThrillerComplicado, talvez até impossível de falar sobre psicopatia, principalmente se o indivíduo no caso for uma criança. Muitos profissionais da psicologia acreditam que uma criança não pode ser diagnosticada de tal forma devido sua personalidade só está...