Cães do inferno

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A escola estava um caos, crianças correndo de um lado para outro, jovens chorando e ligando para os pais, professores tentando acalmar a professora Judith que aos prantos tentava prestar depoimento aos policiais que estavam presentes no momento, dentro da ambulância estava Luciano gemendo de dor nas pernas, ele não conseguia explicar o que tinha acontecido, ele só falava... "Foi tudo muito rápido".

O carro de Laura pára em frente a escola onde seus filhos estudavam, junto com outros pais desesperados, Leila estava no volante e quando ambas viram as viaturas, ambulância e o carro do IML, mãe e tia pulam do veículo e saem correndo para dentro da escola, logo no portão da escola elas avistam Joseph junto com duas meninas que choravam e um menino que aparentava ter uns nove ou dez anos de idade, era o Júnior, o mais novo do trio que atormentavam Samael, uma das próximas vítimas do menino sem coração.


_Jos...meu filho...o que aconteceu? - Pergunta Laura já com lágrimas nos olhos abraçando e beijando seu primogênito. - Onde está o Sam?


_ Calma mãe...está...está tudo bem...comigo. - Diz Joseph um pouco tenso por ter visto um amigo morto. - E o Sam...eu não sei, ele estava aqui ainda agora.


_Vou procurar ele. - Leila avisa a irmã correndo o tumulto de pessoas correndo de um lado para o outro, pais à procura de filhos e vice-versa.

Joseph contava o que sabia que supostamente a professora Judith havia deixado o carro em ponto morto quando saiu para colocar algumas correspondências na caixa de correio, e não viu quando o veículo descia em velocidade em direção a Victor e Luciano. Obviamente Laura estava revoltada com a falta de atenção da professora assim como outros pais, Judith escapou por pouco de um linchamento que alguns pais revoltados (inclusive os pais do falecido Victor), queriam punir a pobre mulher, a polícia junto com a perícia concluíram que a professora Judith cometeu crime culposo (quando não há intenção de matar), a pobre mulher foi levada presa, sendo jogada no camburão feito uma criminosa assassina de crianças.


Em quanto isso Leila procurava por Samael e viu o menino de longe no parquinho da escola, era uma cena bizarra perante a tudo aquilo que acontecia, o parque estava vazio se não fosse por tia e sobrinho, o mais estranho era que Samael odiava qualquer coisa infantil, inclusive parquinhos, ele se balançava em um balanço de cordas, parecia tão tranquilo, mas era só fachada. Leila se aproxima aos poucos e rapidamente o menino percebe a presença dela.


_O que quer? - Pergunta Samael sem ao menos olhar para saber quem era.


_ Vamos para casa Sam...sua mãe está preocupada, já encontramos o Jos, agora vamos. - Diz Leila desconfiada.


_ Você viu ele? - Pergunta Samael, Leila entendeu a pergunta mas não queria cair naquele joguinho. - Ele sempre me provocava, hum...mas hoje foi ele quem perdeu a cabeça.


O tom de Samael era sínico e aquilo encomendava muito Leila que jurou não cair nas provocações do menino.


_ Você viu como aconteceu? - Pergunta Leila.


_ Sim...A professora Judith saiu do carro e logo depois o carro desceu em direção ao Victor e Luciano.


Psicopatas Vol.4 - Pequeno SamOnde histórias criam vida. Descubra agora