Psicopatas Vol.4 - Pequeno Sam

Êxodo - As dez pragas

  Já era noite e Laura lavava a louça e os pratos que tinha usado no turbulento e rotineiro jantar, do qual ela sempre tinha que controlar as provocações de Joseph contra Samael, e a petulância do mais novo com o mais velho, era terça- feira e ela já estava em cima da hora para seu costumeiro encontro com amigos dos quais os filhos não conheciam e a mãe parecia fazer mistério em relação a isso. Alguém invade a cozinha, era Leila, a irmã mais nova de Laura, ambas tinham uma ligação surpreendente, eram muito amigas e confidentes.

 Leila casou- se logo que completou seus dezenove anos, a mãe foi contra devido a pouca idade, mas o falecido pai e Laura apoiaram a apaixonada garota, ela teve uma vida feliz apesar das brigas com o marido, eles eram apaixonados um pelo outro, mas um tumor no cérebro do marido deixou Leila viúva aos vinte e seis anos. Hoje com os seus vinte e nove anos, Leila é uma mulher mais experiente e ao contrário de sua irmã Laura, ela é mais forte e segura de si, ao contrário também de Laura que era ruiva igual ao pai, Leila era loira de um tom mais escuro, seus cabelos eram longos iguais os de Laura, ela era tão bela quanto a irmã mais velha, era alta e tinha um corpo atlético diferente da irmã ela não tinha filhos e tinha mais tempo para dedicar-se a academia e as caminhadas com a mãe e a irmã. Leila morava sozinha, mesmo depois que seu marido morreu, mas depois do bizarro acidente que matou seu pai deixando sua mãe viúva, ela volta a morar com a mãe depois de muitas insistências.

_Cheguei mana. - Leila abria a geladeira pegando uma garrafa de água.

_Nossa, pensei que você não vinha mais. - Laura vira-se para olhar sua irmã e fica tensa quando vê Leila com uma fita vermelha prendendo seus longos cabelos, a ruiva aperta os lábios tentando disfarçar que se sentia um pouco ansiosa.

_O... O que aconteceu Laura?

_Hã... Nada, não é nada. - Laura tenta, mas é difícil de se controlar, seu cérebro a controlava, Laura era fraca apesar de ser corajosa, mas tinha um psicológico abalado, ela tinha muitos problemas, um deles era TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), ela não podia ver nada que fosse vermelho que queria tocar, e se ela não tocasse ela não conseguia dormir, e ela só terminava seu banho depois de pentear os cabelos, eram cem escovadas, e se caso alguém a atrapalhasse, ela escovava mais cem vezes e assim consecutivamente. Laura não resiste e se aproxima de Leila.

 As irmãs se abraçam e Leila sente que sua irmã discretamente tocar em sua fita em quanto estão abraçadas, e ai ela lembra que usava algo vermelho e quase se esmurra de raiva, ela sabia da situação da irmã mas acabou esquecendo de tirar a fita do cabelo.

_Estou indo, cuida bem deles, por favor. - Diz Laura fingindo está aliviada por ter tocado na fita vermelha.

_Como sempre cuido. - Leila morde o lábio inferior.

_Sem histórias de terror.

_Isso é pedir de mais, Laura.  Você sabe que eu adoro assustar essa criançada. - Leila fingia não ter dito nada de mais em quanto Laura sorria. - Manda um abraço para eles tá?

_Deixa comigo Leila. Até mais tarde.

 Leila olhava sua irmã mais velha pela janela da cozinha, Laura entrava no carro e não demorou para dar a partida. Leira respira fundo, ela fazia uma oração silenciosa e pedia que tudo desse certo para a sua amada irmã, ela guarda a garrafa de água na geladeira, é quando ela escuta um grito, era de sua sobrinha Clara, ela ficou em alerta mas em seguida ela ouviu os xingamentos de Joseph contra Samael, ela olha para o céu e revira os olhos

_Essa noite será daquelas.

 Leila sobe até os quartos, na parte superior eram quatro quartos, um para Laura e os restantes para seus três filhos, quando a tia das crianças sobe até o primeiro andar se depara com Joseph tentando invadir o quarto de Samael, o mais novo ficava na porta impedimento, Clara ficava atrás de Joseph, os olhos da meninas estavam cheios de lágrimas, em sua mãos existia alguma coisa que de início Leila não deu atenção.