Na hora da morte

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A maldade nunca teve idade, as crianças muitas vezes são vistas como inocentes e angelicais, óbvio que quase sempre elas são, mas sabemos como uma criança pode ser cruel se ela quiser. Não é sempre que vemos casos de crianças assassinas, mas infelizmente essa é uma triste realidade bem provável.

Para ser mal não é preciso ter nascido na pobreza, não é preciso ter sido abusado na infância e não se trata de má educação, a maldade simplesmente nasce com alguém, se trata de caráter e não de condições financeiras, a maldade corre nas veias.

Leila fica de forma protetora na frente de Joseph que olhava fixo em Samael, ele estava amedrontado e isso era notável para qualquer um.

_Sam...eu simplesmente não entendo o porque de tanta maldade, você matou seus avós, tentou matar o Joseph e aposto que a Clara também. - Diz Leila que mesmo agachada tateava suas mãos pelo chão molhado à procura de algo.

_Não só eles Leila. - Responde o anjo mal segurando com as duas mãos o cabo de guerra que estava preso no pescoço do cão feroz que não latia, apenas emcarava Leila com o olhar faminto e deixando sua saliva derramando no chão. - Eu poderia lhe contar a história sobre a morte de seu pai, aquele velho maldito mas esta história eu guardo para a Laura.

_Porquê? - Pergunta Leila com os dentes serrados de raiva.

_Eu poderia dizer que foi a falta de amor de minha família, principalmente de minha mãe. - Responde Samael seriamente. - Mas percebo que isso não seria completamente verdadeiro, apesar de nunca ter sentido o amor de família eu os entendo, eu que sempre os afastei de mim, sempre preferi está sozinho em meu mundo obscuro e também reconheço o quanto Laura tentou me amar, (ridícula).

_Você vai pagar por seus crimes Sam. - Diz Leila segurando um pedaço de galho que estava perto dela. - De um jeito ou de outro.

_Será mesmo? Agora acabou o momento terapia. - Samael fala sarcasticamente. - E não me chame de Sam...me chamo SAMAEL!

O menino solta o cabo de guerra canino libertando o rottweiler que não perde tempo e salta em ataque em cima de Leila e Joseph com seus dentes afiados, mas rapidamente Leila se prepara segurando com força o pedaço de galho em sua e acerta em cheio a cabeça do cachorro fazendo-o cair para trás e o deixando atordoado por pouco tempo, mas para Leila qualquer segundo a mais seria bom para ela fugir, o problema seria apenas Joseph que não conseguiria correr.

O rottweiler cai afastado de suas vítimas, Samael não esperava por aquela atitude inesperada e de uma forma agressiva o menino vai para cima de sua tia que ainda estava agachada.

Dificilmente um psicopata parte para agressão, a não ser quando ele não tem outra saída, e raiva que Samael sentia estava passando de todos os limites.

O menino chuta Leila bem no rosto fazendo ela cair para trás e cuspir sangue, mas ela também estava em seu limite e revida dando uma bofetada no garoto que o faz cair no chão, a pancada deixou Samael desorientado, ele também não esperava por aqui, as coisas estavam saindo de seu controle e o anjo mal não permitia isso.

O rottweiler estava tonto, Samael apesar de um assassino psicopata era um menino e também estava caído, e Leila teria que ser rápida, ela sabia que seu maior desafio no momento seria o cão, então ela tinha que fugir, mas não poderia deixar Joseph.

Ela sabia que o menino sentiria uma dor brutal, mas era o único modo deles fugirem, então Leila rapidamente limpa o sangue que saía de sua boca e levanta Joseph pelos braços, o garoto solta um uívo de dor e agonia.

_Ahh. - Grita Joseph. - Meu Deus.

_Vamos Jos...aguente firme. - Leila põe o garoto em suas costas com dificuldade e sai correndo de forma não muito rápida para mata a dentro.

Psicopatas Vol.4 - Pequeno SamOnde histórias criam vida. Descubra agora