026

44 6 2
                                    

S/N Pov

Cinco meses que não vejo Niragi. Parece que faz anos que ele decidiu ir embora, e tudo mudou. Não existe mais perseguições do Aguni ou da Mira, e ninguém mais anda recebendo cartas de ameaças.

— Usagi: Temos uma viagem pra ir — comentou entrando no meu quarto — cruzeiro, o que acha ?

— S/N: Quando?

— Usagi: Daqui duas semanas, vai ser chique pra caralho! Sete dias em alto mar!

— S/N: Não sei, preciso ver como vai ficar na agência — falei já preocupada — tenho eventos pendentes...

— Usagi: Mulher, você está trabalhando igual uma condenada e não saiu nunca mais com a gente — fez um drama — precisa se divertir!

— S/N: Mas eu tenho uma empresa pra administrar!

— Usagi: Você tem ótimos funcionários, eles podem cuidar por sete dias — falou quase implorando — por favor!

— S/N: Quem mais vai ir?

— Usagi: Kuina, Karube, Arisu e Chota.

Se bem que eu estou precisando mesmo tirar um tempo pra me divertir. Preciso organizar mais três eventos, fazer viagem para fora e ainda marcar reunião para dar início às férias.

— S/N: Vamos tomar um café — levantei da cama do nada, e Usagi me olhou sem entender — bora mulher!

(...)

Niragi Pov

Amaya: Está gostando de trabalhar aqui? — me perguntou sorridente.

— Niragi: Ambiente tranquilo — fechei a aba do notebook e encarei ela — por que?

— Amaya: Seu primo nunca comentou sobre você, e com todo respeito, vocês dois são bem parecidos...

— Niragi: Era pra ser um elogio? — ela ficou toda sem jeito, sorrindo descaradamente — você fica com ele?

— Amaya: Sim. Ele é bem mulherengo, mas consegue ser super romântico.

Rapaz, ela não sabe que ele é casado?

— Niragi: E ele comentou que é casado? — arqueei a sobrancelha e ela concordou — não acredito...

— Amaya: A mulher dele não faz ideia, mas também não irei falar nada — deu de ombros — você vai contar?

— Niragi: Olha, eu até contaria, mas isso não é problema meu — sorri irônico — quando ela descobrir vai ser problema de vocês dois.

Olhei no relógio e deu meu horário de almoço. Levantei da cadeira, e Amaya falava alguma coisa pra funcionária e veio caminhando comigo até o elevador. Amaya é uma mulher maravilhosa, mas não consegue dar valor a si mesmo e meu primo é um otário. Sinto pena da esposa dele.

— Amaya: E você? Não namora?

— Niragi: Minha história é triste — falei sem graça — talvez um dia eu te conte, e garanto que nunca mais irá olhar na minha cara.

— Amaya: Falando assim até parece que foi traumatizado — riu.

— Niragi: Na verdade foi eu que traumatizei a pessoa — encarei ela e pisquei — bom almoço, Amaya.

A mulher me encarava incrédulo e eu simplesmente fui direto pro restaurante almoçar. Que mulher curiosa.

Peguei meu celular e tinha diversas mensagens da minha mãe, e uma do meu primo dizendo que hoje a noite terá um jantar na casa dele.

(...)

Cheguei na casa do meu primo, e cumprimentei a esposa dele e a família dela. Em seguida, vi meus pais sentados no sofá conversando com um homem alto, e minha sobrinha Stella brincava no piano com meu avô.

— Oi meu querido! — minha tia veio me abraçar — cada dia está mais lindo...

— Niragi: Obrigado, tia — sorri — cadê meu primo?

— No andar de cima, deve estar no telefone. Vá atrás dele, a esposa não aguenta mais esperar para o jantar.

Me sinto totalmente desleixado no meio dessa família. Fala sério, tudo muito luxuoso, vocabulário de todos eles é super formal, carpete vermelho por todo canto. Subi as escadas e vi meu primo no telefone perto da sacada.

— Ok gatinha, irei marcar o retorno — dizia entre risos — é claro que gostei, mas sabe como é, não tem como ser hoje.

Resolvi deixar pra lá e desci pra sala, mas logo vi a esposa dele subindo com a Stella nos braços.

— Onde está seu primo? — perguntou meio cansada — preciso da ajuda dele..

— Niragi: Eu acabei de falar com ele, pediu pra te ajudar a por a mesa — inventei qualquer merda — ele disse que está marcando a reunião da empresa.

— Ah, sim, claro! Bom, se quiser me ajudar ficarei agradecida — sorriu gentilmente e eu senti uma pontada de tristeza. — vamos ajudar, Stella?

— Sim, mamãe — sorria alegre.

Que filho da puta! Olha o que ele está fazendo com a mulher dele!

Ajudei ela a colocar os pratos na mesa, peguei a panela que era pesada e coloquei bem no meio e a Stella trazia os lenços.

— É muito complicado na empresa? — a esposa perguntou e eu neguei — nem me apresentei direito, sou Mia — disse envergonhada e eu ri.

— Niragi: Prazer, Mia. É que eu e meu primo ficamos bem afastado depois que fui embora — expliquei — mas agora estou de volta.

— Mia: Conheci seu primo nos Estados Unidos — comentou — sou completamente apaixonada por ele.

— Só falta o Niragi se apaixonar — minha mãe disse do nada e me abraçou — mas não deu certo com aquela norinha...

Meu coração gelou ao ouvir isso. Sinto tanta falta da S/n, e se ela estivesse aqui, provavelmente seria muito bem recebida por todos. Se nossos filhos estivessem vivos, tudo seria diferente.

— Stella: Titio, você não tem filho?

— Niragi: Não — respondi receoso e dei um sorriso forçado — e você? É filha única?

— Stella: Eu queria ter mais um irmãozinho ou prima pra brincar...

— Mia: Quem sabe um dia, filha — riu e pegou ela no colo.

— Pronto, estou de volta! Podemos jantar? — meu primo apareceu do nada e me encarou — tudo bem?

— Niragi: Quero conversar com você depois — falei baixo — assunto sério.

Secret Truths - Niragi 2° Temporada. Onde histórias criam vida. Descubra agora