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𝗌𝖺𝗍𝗈𝗋𝗎 𝗉𝗈𝗏.

𝓢inceramente, eu não sou psicopata. Não sou.
Mas por que esse sentimento de querer uma pessoa específica, e ainda de um gênero que eu nunca desejei?
Ele é legal, mas não pode ficar comigo. Ele querendo ou não, vai permanecer a mim!.

Ok, de repente enquanto eu penso nisso olhando pela janela, aquele homem de cabelos pretos e cumpridos — o que eu honestamente acho muito cuidado. — passa por minha rua com um cara.

Ele passou pela MINHA rua com outro cara.

Quando pisquei meus olhos, ja se passaram dois dias e eu fiz novamente.

Eu fiz aquilo mais uma vez.

Pegando aquele corpo que já estava em fase de decomposição, arrastando ele como um qualquer. Olhando em seu rosto deformado dos meus socos e arremessos de pedras, eu cuspo.

"fica longe dele"

Não acredito em assombração, mas um medo medonho subiu em mim. Vai que ele vira um fantasma e decide ir atrás do MEU homem?

Fora de cogitação, viajei legal agora.

Mas.. O que eu faço com esse corpo?
Eu não posso simplesmente deixar ele decompor.

Mas pensando bem agora, eu deveria ter deixado ele vivo e ter pegado informações daquele moreno que até hoje eu não sei o nome.

...

Depois de muito pensar, apenas queimei o corpo e dei pra lobos comerem. Fácil Fácil.

...

Era uma quarta-feira e eu resolvi ir a faculdade por que não tinha nada pra fazer.
Aquele moreno fica colocando panfletos de "procura-se".
Dó, é isso que eu tenho, por que não sobrou nada.

Na faculdade — de arquitetura — dei de cara com aquele moreno lindo e cheiroso.
Agora arranjei um motivo pra vir todo dia pra essa joça.

...

Na sala, ouvindo toda aquela baboseira, ele senta do meu lado.
Eu queria virar de lado e dar um beijão naqueles lábios hidratados que com certeza ele usa nivea shine de morango. Mas antes de fazer isso, ele me vira com um.

— oi — o moreno diz. — se importa de me sentar do seu lado?

— ah, oi! — dou um sorrisinho — fique a vontade.

Será que ele vai notar? Eu tô olhando muito.

o moreno se vira e diz — quer ser meu amigo? — com aquele sorriso junto com seus olhos.

parei um pouco no tempo mas voltei — eu quero sim! — eu o respondo.

Acreditem ou não, batemos um bom papo ali, ao ponto do professor mandar nos calar. Rimos tanto, eu queria que ele fosse meu namorado... Na verdade, ele vai ser meu de qualquer forma.

— você é albino? — o moreno pergunta.

— sou, é tão notável assim? — que pergunta idiota.

— sim — ele ri.

que risada gostosa, eu poderia ouvir o tempo todo.

— qual seu nome? — abro a coragem de perguntar depois de uma longa conversa.

— Suguru Geto, a maioria me chama de Geto mas se quiser me chamar de Suguru tá tudo bem.. — ele respondeu olhando fixamente em meus olhos.

Já posso surtar ou tá cedo demais?

— Ok, Suguru — damos uma risada em conjunto.

Depois disso, nos despedimos e fui pra casa.

Entrei no quarto e só pensava em uma coisa: suguru.

I broke his heart 'cause he was nice   Onde histórias criam vida. Descubra agora