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Satoru gojo pov.

Depois de algumas semanas na minha casa, minha mãe resolveu voltar pra cidade dela, onde ela mora com meu padrasto.

Era uma quinta feira a noite, quase nove horas, e de repente ouço batuques na porta de entrada, sem medo algum eu abro a porta na esperança de ser Suguru. Não era.

Um policial alto e loiro estava com o distintivo passando pela minha cara.

- Boa noite.. - ele lê algo no papel - Satoru Gojo?

- Sou eu mesmo, deseja alguma coisa polícial? - Tento agir como se nada tivesse acontecendo.

- Bem, como você deve saber, houve um homicídio no mês passado.

Gojo apenas ouvia atentamente o que o policial dizia.

- Olhamos as cameras de segurança e vimos que você foi o último a passar por aquela rua, estou correto?

- Sim, eu vim direto pra casa..

- Não é o que as câmeras mostram, minutos depois você sai de casa novamente com um pacote enrolado grande o suficiente pra ser um corpo humano.

- Você está insinuando que fui eu que matei o pai do Suguru?

- Pelo visto você até se aproximou do filho da vítima. Suspeito não acha? Por que se aproximou do filho dele?

- Ele faz faculdade comigo e eu gosto dele. Isso não tem nada a ver! Não fui eu!

- Vamos vasculhar novamente o local já que está isolado, se acharmos sua digital você está frito na minha mão.

- Eu aposto que não vai achar nada meu, porque não fui eu!

- É o que você diz. - O policial se afasta.

- Policial! - Ele se aproxima - Qual o seu nome?

- Ta no meu uniforme.

Ele vê o nome - kento nanami - o senhor não vai achar nada meu, senhor Nanami.. acredite em mim.

- Não deixarei de vasculhar.. - Nanami entra no carro de policia e vai embora.

Gojo entra e começa a pensar: o caso não estava arquivado? por que decidiram investigar novamente?

Gojo vai até o porão onde estava um corpo quase decomposto de um velho senhor - não era o pai do Suguru - com a ponta dos dedos retirados e seu rosto branco e cheio de teia de aranha e um fedor insuportável.

- Preciso me livrar disso.

duas semanas atrás.

- Filho, vou lá no porão procurar um ventilador que eu guardei antes de me mudar pra Sakai*

Sakai é uma cidade do Japão.

- NÃO! - Ele grita mas logo para pra refletir o que acabou de fazer - Melhor não, mãe, lá ta cheio de poeira e a senhora tem renite, deixa que eu pego.

- Não grite mais comigo, sou sua mãe e não seus amigos.

- Desculpa..

- Vá procurar o ventilador que eu estou com muito calor e no quarto de hóspedes não tem ar condicionado. Precisa comprar um ar condicionado pra aquele quarto urgentemente.

- Tá, mãe - Ele desce e liga a luz, dando de cara com o corpo morto mas não dá importância, procura o ventilador rapidamente por conta do cheiro e logo encontra.

flashback off.

Acordei, era tudo silencioso, já que minha mãe foi embora. Eu desci direto pro porão e mesmo com aquele cheiro insuportável, eu procurei ácido pra jogar no corpo. Não queria carbonizar o corpo e dar os ossos pra os cachorros ou lobos comerem igual fiz com o pai do Suguru.

Fiz o que tinha que fazer, joguei os restos que sobraram na descarga. Limpei o local com bastante sabão em pó e esfreguei aquele chão que estava com a marca do corpo que estava podre. Não foi fácil tirar e nem saiu muito, coloquei um tapete e finalmente estava "limpo" o meu porão. Pelo menos aquele cheiro amenizou.

Subi as escadas e fui direto ao banheiro, fiz tudo que tinha que fazer. Tomei banho, escovei os dentes, coloquei uma roupa e fui pra faculdade.

Entrando na faculdade, encontrei logo Shoko que estava me olhando estranho, não liguei muito, então fui até ela.

— Eae, Sho! Como vai as coisas? Você saiu da minha casa naquele dia sem me falar nada — Ele abraça ela mas percebe que ela tá desconfortável com a situação. Ele se afasta — Houve alguma coisa? Você nem me respondeu..

— Desculpa, é que eu tô com alguns problemas em casa, sabe? — Ela olha com ele com um pouco de medo.

Satoru lê a linguagem corporal dela. Ela tá com medo.

— Você tá bem mesmo? Parece nervosa.. — Ele coloca a mão na cintura.

— Eu tô bem.. Não se preocupa — Ela tenta disfarçar.

Satoru não estava convencido, então não estava muito interessado no motivo do seu medo repentino até ele lembrar o que aconteceu depois da sorveteria.

flashback on.

( continuação do capítulo 7 )

Depois de tomarmos sorvete, convidei Shoko e Suguru pra ir assistir um filme na minha casa. Infelizmente, Suguru não conseguiu ir, mas Shoko foi.

Chegando na minha casa, ela senta no sofá e se aconchega admirando a decoração.

— Aqui é incrível — Ela começa a sentir um cheiro estanho. Na verdade, ela está sentindo esse cheiro desde que chegou. — Você tá sentindo esse cheiro?

Satoru gela por um tempo — Eu acabei deixando uma carne apodrecer e tá no lixo aqui perto, então tá fedendo mesmo, eu sinto muito por isso — Ele passa a mão na nuca.

— Tudo bem, isso acontece. Vamos assistir qualquer filme.. Pode ser Harry Potter! — Ela diz animada tentando esquecer o cheiro.

— Pode ser, eu só vou lá encima falar com minha mãe, pra ela preparar um lanche pra nós.

— Ok! Vou ficar escolhendo aqui.

Satoru subiu deixando Shoko sozinha.

Enquanto Shoko escolhia o filme ela estava muito incomodada com o cheiro e então começou a seguir o cheiro. Como o porão é perto da sala, o cheiro estava mais forte, e ela seguiu o cheiro indo ao porão e descendo as escadas. Ela liga a luz e dá de cara com o corpo decomposto totalmente irreconhecível. Ela coloca a mão na boca, desliga a luz rapidamente e sobe as escadas e pegou todas as suas coisas e foi embora sem esperar Gojo.

Satoru desce as escadas dos quartos até a sala, e já não encontra mais a garota. Ele fica confuso mas achou que ela tinha algo urgente pra fazer.

flashback off.

ela viu alguma coisa naquele dia?  Satoru se perguntou.

...


I broke his heart 'cause he was nice   Onde histórias criam vida. Descubra agora