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ARTHUR (PESADELO)

O caminho até o cativeiro da Amélia tinha sido um inferno. Estávamos a poucos quilômetros de distância e a ansiedade aumentava a cada segundo.

Eu queria chegar logo lá. Droga!

Os carros estavam parados no meio do nada, numa área isolada cercada por mato. Pegamos as armas, ajustamos os coletes à prova de balas, o som metálico das munições sendo carregadas e os barulhos dos homens ajustando os equipamentos preenchiam o ambiente. Ninguém falava nada.

Eu estava fora de mim, a raiva e o desespero me consumindo. Tudo o que eu queria era salvar Amélia logo, abraçar ela, prender ela nos meus braços e nunca mais soltar.

Marreta estava do meu lado e parecia ansioso para dar um fim no Russo logo, como todos aqui. Maicon, PH, e o resto dos homens estavam prontos, todo mundo tinha um motivo para odiar o Russo, mas o meu era maior nesse momento, e por isso a morte dele deveria ser pelas minhas mãos.

— Vamos acabar com essa porra de uma vez! — gritei, segurando minha arma com força.

Marreta assentiu, um sorriso cruel se formando em seus lábios.

— É agora ou nunca, irmão.

— Esses filhos da puta vão pagar por cada segundo que ela sofreu. — Eu disse, meus dentes cerrados. — Eu arranco a cabeça de um por um.

Marreta balançou a cabeça em concordância.

Eu segurei minha arma com mais firmeza, a adrenalina pulsando em minhas veias. O plano era simples: entrar, encontrar Amélia e acabar com qualquer um que estivesse no caminho.

— Todo mundo para os carros! — ordenei, vendo o grupo se mover rapidamente.

PH, Maicon e os demais estavam em movimento, abrindo as portas dos carros e se posicionando para seguir viagem. O motor dos veículos começou a roncar, se misturando com das armas sendo ajustadas. 

Sentei no banco do motorista, sentindo pressa para encontra ela logo, antes que fosse tarde demais.

Os outros carros começaram a se mover, um a um, enquanto os homens tomavam seus lugares.

Os motores rugiram, e os veículos começaram a avançar pela estrada de terra, deixando para trás a área onde nos preparávamos. Cada quilômetro percorrido era um passo mais perto de salvar Amélia.

***

Nos posicionamos ao redor da entrada do cativeiro, um sítio escondido no meio de uma estradinha de terra.

Exatamente como Larissa tinha dito.

Aquela era outra que ainda ia me ver bastante depois que isso aqui acabasse e Amélia estivesse segura.

Tomando a frente e me posicionando diante da porta. Levantei a perna e desferi um chute contra a porta. Ela tremeu, mas não cedeu.

— Vai, caralho! — gritei, sentindo a raiva me impulsionar. Desferi mais um chute, depois outro, a madeira rangendo a cada impacto.

Desferi um último chute com toda a minha força e a porta finalmente cedeu, se partindo com um estalo alto.

Entramos com tudo, disparando contra qualquer movimento suspeito. Os primeiros tiros cortaram o ar, atingindo capangas de Russo que estavam desprevenidos.

— Vai, vai, vai!

O som dos tiros era ensurdecedor, e o cheiro de pólvora queimava as minhas narinas. Passamos por corredores estreitos, limpando cada sala, até que finalmente chegamos à última porta.

Seduzida pelo Dono do Morro [Série Donos do Morro #1]Onde histórias criam vida. Descubra agora